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Brasil Estudo do coronavírus em pacientes graves revela “microtrombose”

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Cientistas identificaram a formação de trombos em pacientes diagnosticados com a doença. (Foto: Reprodução/FMRP-USP)

Pesquisadores de Ribeirão Preto registraram pela primeira vez os efeitos da Covid-19 no sistema circulatório. Um estudo publicado como prévia (pré-print) identificou a formação de coágulos microscópicos em pacientes mais graves da doença.

Segundo o artigo, de treze pacientes hospitalizados, onze apresentaram a formação de microtrombos – que impedem a circulação – nos pequenos vasos localizados embaixo da língua.

A coagulação excessiva é causada pela resposta que o corpo dá à infecção pelo coronavírus e a presença trombos foi encontrada na autópsia de diversos pacientes mortos pela infecção causada pelo coronavírus Sars-Cov-2.

Essa foi a primeira vez que cientistas identificaram e conseguiram documentar os coágulos em pacientes vivos.

“Nossa investigação demonstrou trombos na microcirculação desde a início da hospitalização”, escreveram os cientistas.”Esse achado reforça que a trombose microvascular é uma característica da Covid-19.”

Doença sistêmica

Assinado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, o artigo sugere que a trombose microvascular é sistêmica e pode afetar diferentes órgãos. Segundo os autores, os que têm maior capilaridade, como os pulmões, acabam mais comprometidos.

No pulmão, a trombose microvascular pulmonar pode levar a um efeito de ‘espaço morto’, disseram os cientistas. É quando há ventilação, mas não há oxigenação e acontece o que eles chamam de hipoxemia crítica, a falta de oxigênio no sangue.

Ainda segundo os pesquisadores, a trombose microvascular pode comprometer outras áreas como os rins, fígado e cérebro, e podem contribuir com a disfunção de múltiplos órgãos.

A pesquisa ainda é inicial e os cientistas explicaram que ainda é preciso mais investigações para entender melhor qual é o papel da trombose microvascular nos casos mais graves da doença.

O que causa os coágulos

O coronavírus provoca algumas reações no corpo da pessoa infectada – o “acionamento” do sistema imunológico é uma delas.

Mas em alguns casos a resposta corporal é muito forte. O mecanismo de defesa prevê a produção de uma espécie de proteína chamada interleucinas. A função delas é semelhante a uma “convocação” de glóbulos brancos para combater o coronavírus.

O problema é que alguns pacientes produzem interleucinas demais – cientistas usam a expressão ‘tempestade de interleucinas”. É esse excesso que causa coágulos no sangue.

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