Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de setembro de 2015
O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque chamou de “mentiroso” um dos delatores da Operação Lava-Jato, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, ex-executivo da Toyo Setal, durante acareação na CPI da Petrobras, nesta quarta-feira (02). A acareação ocorreu no terceiro dia de depoimentos à comissão em Curitiba (PR). Antes, o publicitário Ricardo Hoffmann e o lobista Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura ficaram em silêncio diante dos deputados. Ambos são acusados de envolvimento no esquema de corrupção e desvio de dinheiro da estatal.
“Só gostaria de deixar ressaltado que o senhor Augusto é um mentiroso, ele mente na delação, ele sabe que está mentindo, mas pela orientação do meu advogado vou permanecer em silêncio”, disse Duque. “Eu confirmo tudo que eu disse nos meus depoimentos”, rebateu Mendonça sobre o que declarou ao juiz federal Sérgio Moro, que comanda os processos da operação na primeira instância.
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto também declarou que permanecerá em silêncio. Duque e Vaccari estão presos no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e respondem pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Mendonça responde em liberdade.
Mendonça afirmou que parte da propina da diretoria de Duque ia para o PT. Duque disse que, se tivesse que dar propina ao partido, não precisaria de Mendonça. “Eu daria direto, ele não tem nem competência para isso.” O ex-executivo da Toyo Setal também respondeu que se encontrou pelo menos dez vezes com Vaccari. O ex-tesoureiro, por sua vez, não respondeu se os encontros ocorreram.