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Política Ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro pode ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná provocando nova eleição; veja quem são os cotados para eventual vaga de senador

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Moro pode ficar inelegível até 2030.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Moro pode ficar inelegível até 2030. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Em menos de um mês, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) dará início ao julgamento que decidirá pela cassação ou não do mandato do senador Sérgio Moro (União-PR), acusado de abuso de poder econômico e caixa dois.

O desfecho da votação pode decidir seu futuro político, uma vez que o ex-juiz da Lava Jato poderá, além de perder o mandato, ficar inelegível até 2030.

A condenação de Moro provocaria uma nova eleição suplementar, já que os dois suplentes também seriam punidos com a cassação. Nesse caso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve convocar novas eleições para senador no Paraná, o que já desenha uma lista de pretendentes à eventual vaga.

Moro é acusado de ter causado um desequilíbrio eleitoral nas eleições para senador no Paraná em 2022. No pleito, o ex-juiz da Lava Jato foi eleito com 1,9 milhão de votos (33,5% dos votos válidos), derrotando Paulo Martins (PL), candidato apoiado por Bolsonaro, e o ex-governador Alvaro Dias, que foi um de seus principais aliados no Podemos, antes de Moro migrar para o União Brasil.

Com a possibilidade de cassação, PT e PL se movimentam para escolher os candidatos para um eventual pleito suplementar. O União Brasil, partido do ex-juiz, e o PP também devem lançar postulantes ao cargo.

A disputa também poderá ficar “em casa”. Isso porque a esposa do senador, deputada federal Rosângela Moro (União-SP), transferiu o título de eleitor para o Paraná na última semana. De volta ao mesmo domicílio eleitoral do marido, agora ela é uma alternativa concreta a herdar capital político dele, caso seja cassado.

Cotada pelo PL, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro nunca se candidatou a cargos eletivos, mas se destacou como cabo eleitoral de Bolsonaro nas eleições de 2022 e tem proximidade com o eleitorado evangélico. Em fevereiro do ano passado, ela assumiu a liderança do PL Mulher, o braço feminino da sigla.

Outro cotado pelo PL é o derrotado pelo ex-juiz da Lava Jato, o jornalista Paulo Martins, que também já manifestou interesse em concorrer novamente para uma cadeira no Senado. Martins foi deputado federal entre 2019 e 2022 e perdeu o pleito para o ex-juiz por 250 mil votos.

Padrinho político de Moro e, em outubro de 2022, derrotado por ele nas urnas, Alvaro Dias (Podemos-PR) é “com certeza o melhor nome, não apenas do partido, mas de todo o ambiente político do Paraná”, disse ao Estadão o presidente do diretório paranaense do Podemos, Gustavo Castro.

Segundo o presidente, entretanto, a viabilidade de uma candidatura apenas será discutida após a decisão final sobre o caso, no TSE.

O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) e a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disputam a indicação da legenda de Lula para a iminente disputa, segundo a Coluna do Estadão.

Filho do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que condenado pelo escândalo do mensalão e pela Lava Jato, Zeca tem 45 anos e está no quarto mandato como deputado. Nas últimas eleições, foi o 11º deputado mais votado no Paraná, com 123.033 votos.

Já Gleisi foi ministra da Casa Civil do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) entre os anos de 2011 e 2014 e já ocupou uma cadeira do Senado pelo Paraná entre 2011 e 2019. Ela está no segundo mandato como deputada federal e, nas últimas eleições, foi a segunda parlamentar mais bem votada no Estado, com 261.247 votos.

Segundo o deputado estadual Arilson Chiorato, que é o presidente do PT paranaense, outro político petista que já manifestou interesse em disputar uma eleição suplementar é o ex-governador Roberto Requião. Pelo MDB, sigla por onde ficou por quase 40 anos, Requião foi senador por 16 anos e comandou o Executivo do Estado entre 1991 e 1994 e no período de 2003 a 2010.

Requião, porém, não possui apoio no PT e, segundo a Coluna do Estadão, ele estuda migrar para o PRD, o novo partido que surgiu após a fusão do PTB e do Patriota.

Pelo PP, o candidato deve ser o deputado federal Ricardo Barros, que foi líder do governo Bolsonaro na Câmara e ministro da Saúde do governo de Michel Temer (MDB). Barros está afastado do Legislativo desde fevereiro do ano passado, após ser empossado secretário de Indústria, Comércio e Serviços do governador Ratinho Júnior.

Senador entre 2011 e 2014, o deputado federal Sergio Souza (MDB-PR) é mais um dos interessados na cadeira do ex-juiz da Lava Jato se lançou em fevereiro como “o representante do agronegócio”, se houver uma eleição suplementar.

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