Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 14 de dezembro de 2015
Um dos principais alvos da Operação Pulso, deflagrada na quarta-feira, pela PF (Polícia Federal), é o médico Mozart Júlio T. Sales, ex-ministro interino da Saúde do governo Dilma Rousseff. Segundo a PF, Mozart foi afastado do cargo de diretor da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia) por suspeita de envolvimento com organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos.
Rastreamento na conta da mulher de Mozart, Jurema, indicou, segundo a PF, que ela movimentou 1,6 milhão de reais no ano passado – quantia considerada atípica pelos investigadores porque ela recebe vencimentos de
8 mil reais.
Sales assumiu o comando da Saúde no mês de fevereiro de 2014, depois da demissão do então ministro Arthur Chioro. Antes de ocupar a cadeira número 1 do ministério, ele exerceu o cargo de secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, de 2012 a 2014, e foi chefe de gabinete, de 2011 a 2012, do ministro Alexandre Padilha, hoje secretário do governo Fernando Haddad em São Paulo.
Durante a gestão de Mozart Sales na Secretaria de Gestão foi criado o programa Mais Médicos, polêmica aposta do governo Dilma na área de Saúde.
Em seu perfil, publicado na página da Hemobrás na internet, Mozart afirmou que “criou e coordenou a implantação do programa Mais Médicos em todo o território nacional, que beneficia mais de 50 milhões de pessoas em todo o País”.
Delitos investigados
Os delitos investigados pela Polícia Federal são: peculato, corrupção passiva e ativa, fraude à Lei de Licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. (AE)