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Economia Ex-presidente da Braskem é condenado a 20 meses de prisão nos Estados Unidos por corrupção

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José Carlos Grubisich, de 64 anos, chegou a ser preso em 2019, acusado de desviar cerca de US$ 250 milhões para subornar funcionários públicos e partidos políticos do Brasil.

José Carlos Grubisich, de 64 anos, chegou a ser preso em 2019, acusado de desviar cerca de US$ 250 milhões para subornar funcionários públicos e partidos políticos do Brasil. (Foto: Reprodução)

O ex-presidente da Braskem José Carlos Grubisich foi condenado a 20 meses de prisão nos Estados Unidos, informou nesta terça-feira (12) o Departamento de Justiça (DoJ) americano.

Segundo a acusação, Grubisich e outros funcionários da Braskem e da Odebrecht (atualmente rebatizada de Novonor) foram responsáveis pela elaboração de um fundo secreto milionário que era usado para subornar funcionários públicos e partidos políticos do Brasil, garantindo contratos com a Petrobras.

O esquema teria ocorrido entre 2002 e 2014 e foi denunciado por delatores da Operação Lava Jato. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef disseram aos investigadores que a Braskem pagou propina para ser beneficiada em contratos com a Petrobras.

Tanto a Braskem quanto a Odebrecht se declararam culpadas das acusações criminais ao fechar um compromisso com a Justiça norte-americana como parte do acordo.

“Como parte do esquema, Grubisich e seus parceiros desviaram aproximadamente US$ 250 milhões da Braskem para um fundo secreto, que Grubisich e os demais formaram por meio de contratos fraudulentos e empresas de fachada offshore controladas secretamente pela Braskem”, diz o comunicado do DoJ.

No processo, Grubisich declarou-se culpado por violação da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês), incluindo conspiração para forjar registros e fraude de relatórios financeiros da Braskem.

Além da pena, o executivo terá US$ 2,2 milhões confiscados e pagará uma multa extra de US$ 1 milhão.

Em novembro de 2019, Grubisich foi preso no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, por conta do esquema. À época, ele foi acusado pelo tribunal federal do Brooklyn de conspiração para lavagem de dinheiro com risco de fuga. Ele foi solto em abril de 2020, depois de pagar fiança de US$ 30 milhões.

Grubisich tem 64 anos e liderou a Braskem entre 2002 e 2008. O executivo ocupou vários cargos na Odebrecht, que era principal acionista da companhia. Mais tarde, ele se tornou presidente-executivo da fabricante de celulose Eldorado Brasil, de onde saiu em 2017.

Como presidente da Braskem, Grubisich teria ajudado a encobrir o esquema, falsificando os livros da empresa e assinando certificações falsas à reguladora do mercado de capitais nos EUA, a SEC, disseram os promotores.

Braskem e Odebrecht concordaram em 2016 em pagar um total combinado de US$ 6,9 bilhões em um acordo com autoridades dos EUA, Brasil e Suíça para resolverem as acusações de suborno.

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