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Brasil Executivo preso na Operação Lava-Jato fingiu viagem para poupar a filha

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Mateus Coutinho, ex-diretor financeiro da OAS. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A prisão na Lava Jato fez alguns presos recorrerem à criatividade para pouparem suas famílias.

Mateus Coutinho, ex-diretor financeiro da OAS, fingiu durante seis meses para a filha que, em vez de ser preso pela Lava Jato, estava viajando a trabalho.

No fim de 2014, a Polícia Federal prendeu Coutinho em sua casa, no começo da manhã.

Para que sua filha de dois anos não percebesse a prisão, ele disse que os policiais federais eram amigos de trabalho e o levariam para uma viagem.

No dia, ele conversou com os policiais como se fossem amigos que dividiriam um café da manhã.

O relato está no livro A elite na cadeia — o dia a dia dos presos da Lava Jato, do jornalista Wálter Nunes, que será lançado agora em novembro.

Já na cadeia, em Curitiba, Coutinho recebeu a menina de uma maneira especial: fora do dia de visitas, com contato direto e na sala dos agentes, onde havia um computador.

Ele disse à filha que ali era seu escritório. A menina ficou com ele na carceragem por mais de uma hora.

Quase seis meses depois, quando foi solto, calçando uma tornozeleira eletrônica, o ex-executivo da empreiteira passou em uma loja de brinquedos e comprou um boneco de pelúcia do personagem preferido da filha.

E disse a ela que havia trazido o presente dos Estados Unidos, onde ficara trabalhando durante a ausência. (Eduardo Barreto)

O livro

A rotina dos presos da Lava Jato na carceragem da Polícia Federal e no Complexo Médico Penal, em Curitiba está retratado nesta reveladora investigação jornalística, que Wálter Nunes descreve em A elite na cadeia — o dia a dia dos presos da Lava Jato. Nele está o dia a dia na cadeia de empreiteiros, altos executivos, políticos e doleiros como Lula, Eduardo Cunha, Alberto Youssef, Marcelo Odebrecht, Nestor Cerveró e Renato Duque.

A operação Lava Jato, considerada a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro do Brasil, foi deflagrada em março de 2014 pela Justiça Federal, em Curitiba, e logo o Ministério Público expôs um imenso esquema de corrupção envolvendo Petrobras, partidos políticos e empreiteiras. A condenação e efetiva prisão de importantes figuras públicas inaugurou novos paradigmas em nosso contexto sociopolítico.

O jornalista Wálter Nunes investigou a rotina de altos executivos e políticos dentro da cadeia desde 2014. Em conversas com agentes federais e penitenciários, advogados, jornalistas, além dos próprios presos e de seus familiares, levantou inúmeras histórias que, juntas, compõem um ainda pouco conhecido retrato da vida da elite tanto na carceragem da Polícia Federal quanto no presídio.

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