Quarta-feira, 19 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de outubro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Em julho de 2006, foi criado o Observatório Social de Maringá para informar a comunidade sobre a importância socioeconômica dos tributos e a necessidade de aumento na eficácia de sua aplicação. A partir da aceitação imediata pela população da cidade do Paraná, formou-se uma equipe de trabalho com advogados, juízes, contabilistas, economistas, funcionários públicos federais e estaduais, empresários, estudantes e aposentados, todos isentos de filiação partidária. Após as primeiras reuniões, definiram a metodologia de acompanhamento dos gastos do município.
Antes do surgimento do Observatório, Maringá teve episódios de desvios dos cofres da Prefeitura Municipal que ultrapassaram 100 milhões de reais. Na época, o Tribunal de Contas do Estado aprovou os balanços. Só algum tempo depois, a comunidade tomou conhecimento do volume de dinheiro que fugiu pelo ralo, dos quais somente 1 por cento retornou aos cofres públicos.
Os voluntários do Observatório tiveram treinamento com a Controladoria Geral da União para entender os procedimentos públicos. Atualmente, reúnem-se uma vez por semana. As informações obtidas sobre irregularidades são analisadas pelo Comitê Gestor, garantindo segurança e confiabilidade na tomada de decisões e na divulgação dos resultados.
Uma das atividades do Observatório é acompanhar a publicação dos editais de licitação, a análise dos processos e a entrega do produto ou serviço. Não são raros os pedidos de impugnação e alteração. Ainda ocorre a análise do controle de estoque e o efetivo consumo.
A forma de estruturar o Observatório já foi levada aos Estados Unidos, Colômbia, México, Uruguai e Chile. Falta difundir mais a prática no Brasil, para que o dinheiro dos impostos possa ser utilizado exclusivamente visando o interesse público.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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