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Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2020
Resultado foi divulgado pelo Ministério da Economia
Foto: Agência BrasilA balança comercial registrou déficit de US$ 1,745 bilhão em janeiro, informou nesta segunda-feira (03) o Ministério da Economia. Quando as exportações superam as importações, o resultado é superávit.
Quando acontece o contrário, o resultado é déficit. Esse foi o pior resultado para o mês de janeiro desde 2015, ou seja, em cinco anos. No mesmo mês do ano passado, o saldo ficou superavitário em US$ 1,697 bilhão.
Exportações e importações
De acordo com o governo federal, as exportações somaram US$ 14,430 bilhões em janeiro e, as importações, US$ 16,175 bilhões. Na comparação com janeiro do ano passado, as exportações tiveram queda de 20,2%. Já as importações registraram recuo menor: de 1,3%.
No caso das exportações, houve retração na venda de produtos básicos (-11,9%), manufaturados (-27,7%) e, também, de semimanufaturados (-25,2%). Nas importações, o governo federal informou que recuaram as aquisições de combustíveis e lubrificantes (-15,3%) e de bens intermediários (-3,4%). Entretanto, subiram as compras de bens de capital (+6,6%) e de bens de consumo (+6,9%).
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, a piora no resultado comercial, em janeiro, está relacionada a diversos fatores, entre eles a menor venda de petróleo ao exterior (por conta da fraca demanda mundial).
Também influenciaram no resultado o atraso no plantio e colheita da soja, a atividade internacional menos aquecida, a queda na exportação de milho e de celulose e a crise econômica argentina, segundo o subsecretário.
Questionado sobre o coronavírus, Brandão disse que, até o momento, ainda não foi relatado nenhum impacto nas operações portuárias que, segundo ele, são automatizadas na China.
“Monitoramos [os efeitos da epidemia de coronavírus no comércio internacional]. Na medida em que houver algum efeito sobre a economia chinesa, assim como outros países do mundo, o Brasil pode ser afetado”, avaliou.
Segundo ele, o impacto pode se dar principalmente nas exportações brasileiras de insumos industriais. Nas vendas de alimentos, disse Brandão, o efeito tende a ser mais fraco.