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Saúde Fabricante da vacina Covaxin anuncia fim de acordo com empresa que a representava no Brasil e diz não reconhecer documentos enviados ao Ministério da Saúde

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A Covaxin é produzida pela indiana Bharat Biotech. (Foto: Reprodução/Instagram)

A Bharat Biotech informou nesta sexta-feira (23) que rescindiu um memorando de entendimento para vender sua vacina contra a covid-19 (Covaxin) para a Precisa Medicamentos. No comunicado, a Bharat disse que continuará trabalhando com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para obter todas as aprovações necessárias para o uso da Covaxin no país. A empresa disse que não recebeu nenhum pagamento antecipado, nem forneceu vacinas ao Ministério da Saúde.

O laboratório diz ainda não reconhecer a autenticidade de dois documentos enviados pela Precisa ao Ministério da Saúde com uma suposta assinatura da Bharat Biotech. A Precisa diz que “jamais praticou qualquer ilegalidade e reitera seu compromisso com a integridade nos processos de venda, aprovação e importação da vacina Covaxin”.

No fim da tarde desta sexta-feira (23), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou nota para informar que foi comunicada pelo laboratório indiano acerca do fim do acordo com a Precisa. A Anvisa disse que diante do fato vai reavaliar os pedidos da Precisa relacionados à Covaxin e “adotar as medidas pertinentes”.

Reportagem da CBN mostrou, na semana passada, que os documentos apresentavam inconsistências. O nome da fabricante está errado, o endereço tem um erro de inglês e o endereço do laboratório na Índia também tem erro.

“Recentemente fomos informados de que certas cartas (anexas), atribuídas a executivos da companhia, estão circulando na internet. Gostaríamos de negar enfaticamente que esses documentos tenham sido emitidos pela companhia ou por seus executivos e, portanto, negamos este fato”, diz a Bharat.

O encerramento de contrato entre o laboratório indiano Bharat Biotech e a empresa Precisa Medicamentos, que atuou como intermediária junto ao governo brasileiro, repercutiu nesta sexta-feira entre os senadores. Eles viram a decisão como resultado da CPI da Covid, que investiga denúncias de corrupção na venda da vacina. A Precisa, cuja diretora Emanuela Medrades já depôs à CPI, voltou a negar irregularidades.

Em postagem no Twitter, o relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que a Bharat desfez um negócio “superfaturado” com a Precisa. Enquanto isso, “diante de mais de 20 irregularidades comprovadas pela CPI, o governo não rompeu o contrato intermediado por um caloteiro contumaz”. O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), garantiu que “as investigações continuam” e “os propineiros não sairão impunes”.

A negociação, no valor de US$ 1,6 bilhão, sofre vários questionamentos: além do valor elevado da vacina, há suspeita sobre os termos de pagamento de seguro e frete, e a exigência de adiantamento de 45 milhões de dólares a serem transferidos para uma terceira empresa. O contrato para compra de 20 milhões de doses da vacina indiana é investigado pela CPI da Covid, que recebeu de denúncias do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, Luís Ricardo, que é servidor público e trabalha no Ministério da Saúde.

De acordo com os dois, houve pressão política para a compra da Covaxin e diante disso eles teriam apresentado as denúncias ao presidente da República, Jair Bolsonaro, o qual teria atribuído o fato ao líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Com as denúncias à CPI, o Ministério Público Federal, a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal e o Tribunal de Contas da União abriram investigação. Já Ricardo Barros negou envolvimento com o caso e deverá ser ouvido pela CPI da Covid após o recesso parlamentar. As informações são do portal de notícias G1, do jornal O Globo e da Agência Senado.

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