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Economia Falta de chips eletrônicos paralisa nove das 21 montadoras de veículos em atividade no Brasil

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Problema frustrou planos de compensar pausas provocadas pela segunda onda da pandemia. (Foto: EBC)

Decorrente da escassez global de chips, a piora no fornecimento de componentes eletrônicos abriu uma nova onda de paralisações na indústria automotiva brasileira. Ao menos nove das 21 fábricas de automóveis do País está parando, por períodos que vão de dias a meses, devido à indisponibilidade do insumo.

Após a recomposição de parte dos estoques de peças que permitiu ao setor funcionar sem tantas interrupções a partir de meados de abril, seis montadoras foram obrigadas a desligar novamente as máquinas. Volkswagen, General Motors (GM), Hyundai, Renault, Honda e Nissan formam a lista de fabricantes que comunicaram novamente paradas completas ou parciais de produção, algumas em mais de uma fábrica.

Em Piracicaba, no interior de São Paulo, o terceiro turno da Hyundai foi suspenso na segunda-feira da semana passada e não volta antes do fim deste mês. A montadora avalia parar também o segundo turno, o que reduziria o funcionamento da fábrica a uma única jornada, que trabalha em três expedientes praticamente desde a sua inauguração em 2012.

Se não houver regularização mínima nos estoques de componentes eletrônicos, a Volkswagen, que vinha conseguindo administrar a instabilidade no fornecimento de peças sem parar as fábricas, também poderá suspender em julho a produção em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

As unidades da Volks em Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR) iniciaram ontem uma paralisação de dez dias porque não há circuitos eletrônicos suficientes para continuar com a produção dos modelos Gol, Voyage, Fox e T-Cross, os carros montados nas duas fábricas.

Na GM, a fábrica de São Caetano do Sul (SP), cuja produção noturna, com exceção de pintura e funilaria, está suspensa desde a semana passada, vai parar completamente a partir de 21 de junho, quando os demais setores também serão fechados temporariamente.

A volta está marcada apenas para 2 de agosto, período no qual a GM vai, em boa parte, produzir no Brasil apenas a picape S10 e o utilitário esportivo TrailBlazer em São José dos Campos (SP), uma vez que sua terceira fábrica, responsável pela produção do Onix, vem adiando o retorno. Não há previsão de retomada da produção do carro mais vendido do País antes de agosto.

Sem componentes eletrônicos, a Renault parou por três dias, nas últimas duas semanas, a linha de carros de passeio no Paraná, enquanto a Nissan vai interromper a produção no sul do Rio de Janeiro por cinco dias intercalados neste mês. Duas paradas da marca japonesa já foram realizadas e a próxima está marcada para sexta-feira..

Na Honda, as fábricas de Sumaré e Itirapina, ambas cidades do interior de São Paulo, vão parar amanhã, com retorno apenas na segunda-feira. A unidade de Sumaré, onde a Honda monta os modelos Fit, City e Civic, já tinha interrompido a produção por dois períodos entre fevereiro e março em razão da falta de componentes eletrônicos.

Planos frustrados

A crise dos semicondutores frustrou planos das montadoras que pretendiam compensar logo as paradas provocadas entre fim de março e começo de abril pelo risco de contaminação da segunda onda da pandemia. O período sem atividade nas linhas de montagem deu um respiro a fornecedores, que continuaram trabalhando, e ajudou a atenuar o estresse nos estoques.

Apesar da pressão de custo, já que os preços dos materiais não param de subir, houve melhora na disponibilidade de insumos críticos como o aço. Eventuais atrasos de entrega estão sendo considerados administráveis.

Contudo, sem os semicondutores, vitais na nova geração de veículos, onde a eletrônica está presente em praticamente todas as funções, a produção precisa ser completamente suspensa – diferentemente de insumos como pneus, em que a instalação pode ser adiada sem interromper o andamento da linha.

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