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Carlos Roberto Schwartsmann Em nome da Ciência ou da sabedoria popular?

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As mudanças, que dizem respeito a transporte, educação e academias, já estão em vigor. (Foto: Reprodução)

Durante esta pandemia nunca a palavra ciência foi tão enaltecida. Hoje é comum ouvir de um médico, jornalista, político ou de um cidadão comum: os protocolos da ciência para vencer a pandemia são: usar máscaras, distanciamento social e lavar as mãos.

As epidemias e pandemias existem desde os primórdios da humanidade e sempre encontramos caminhos diversos para enfrentar este desafio.

Tumbas persas de 600 anos AC foram descobertas com máscaras cobrindo a boca e o nariz.

O isolamento social é preconizado na Bíblia: “Retirem para fora do arraial o leproso para que ele não contamine todos”. No Talmud está escrito “se houver uma peste na vila, retire seus passos”, isto é, se há uma epidemia lá fora é melhor não sair, você tem que ficar em casa!

O ritual de lavar constantemente as mãos (ablução) também é uma recomendação e uma prática muito antiga no Cristianismo, Islamismo e Judaísmo.

Nesta última, deve ser feito ao levantar de manhã, antes de comer, pós toque em partes íntimas, pós manuseio de animais e outros objetos considerados impuros. Até os dias de hoje é rotina lavar as mãos na saída do cemitério!!

O pensamento científico surgiu na Grécia (Pitágoras, Aristóteles, Sócrates). Eram os “filósofos da natureza”. Tentaram explicar, contrariando as religiões, os fenômenos naturais: sol, marés, chuva, eclipses, raios etc.

A definição de “ciência” é complexa e difere completamente de um dicionário para o outro. Ela vem do latim “Scientia” que significa conhecimento. Ela é baseada no método científico que possui como estrutura básica de planejamento: observação do fenômeno, questionamento, levantamento de hipóteses, experimentação, análise dos resultados obtidos e conclusões.

Segundo a Wikipédia a palavra cientista foi citada pela primeira vez em 1833. Wiliam Whewell (físico, químico, geólogo, escritor e teólogo) criou o termo no livro “On the connexion of the physical sciences” que o cientista seria um indivíduo que se dedica a explicação e a compreensão dos fenômenos da natureza usando a metodologia científica.

Entretanto, antes e depois, grandes homens deixaram seus nomes gravados na história da ciência.

Em 1632, Galileu Galilei se tornou conhecido como “Pai da Física Moderna” ao defender que a terra gira em torno do sol. Quase foi levado a guilhotina!!

Em 1687, Isaac Newton descobriu a gravidade, após queda de maçã sobre sua cabeça.

Em 1854, Louis Pasteur desvendou o mundo fantástico dos micro-organismos.

Em 1917, Albert Einstein formulou a teoria da relatividade.

A ciência é campo fértil para diferentes interpretações filosóficas. Talvez ela verdadeiramente tenha nascido no momento que o homem conseguiu alterar a evolução dos fenômenos naturais. (uso dos antibióticos, das vacinas, da fissão nuclear, da fertilização artificial etc.).

A prevenção da covid-19 (usar máscaras, distanciamento social e lavar as mãos), certamente não veio da ciência. Este conhecimento é muito mais antigo, veio da sabedoria popular, do senso comum, isto é, de uma crença milenar que é usada hoje como: “Em nome da ciência…!!!”

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