Quinta-feira, 28 de março de 2024
Por Redação O Sul | 2 de abril de 2019
Um fantoche eletrônico que utiliza tecnologia para integrar crianças autistas através da contação de histórias é o projeto liderado pelo professor de engenharia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), Renato Ventura, em parceria com a professora Liliana Passerino, do Programa de Pós-graduação em Informática na Educação, também da UFRGS.
O dispositivo é um modelo de fantoche de mão com um conjunto de tecnologias que estimulam e investigam o estado afetivo de interesse, relacionado à motivação das crianças autistas e a oralidade. Diferente dos tradicionais brinquedos de pano, o fantoche possui alguns componentes eletrônicos em uma pequena mochila acoplada nas costas. “Quando aproximamos o fantoche que está na mão da professora, seus dados de identificação são processados pelo Venturino [placa controladora], que transmite a informação para um software específico, e as crianças são surpreendidas com animações dos animais representados nos brinquedos pulando e reproduzindo sons na tela ao fundo. Assim, é possível estimular o interesse de crianças que não têm a oralidade plenamente desenvolvida, criando mecanismos para nos comunicar com elas”, comenta Renato.
O projeto já está sendo utilizado no treinamento de professores de educação especial da Faculdade de Educação da UFRGS, como um método de estímulo de contação de história para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras deficiências cognitivas.