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Mundo FBI faz busca em casa de ex-conselheiro e grande crítico de Trump

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"Ninguém está acima da lei! Os agentes do FBI estão em uma missão", escreveu no X o diretor do FBI, Kash Patel. (Foto: Reprodução)

A polícia federal dos Estados Unidos (FBI) fez uma busca na casa do ex-conselheiro de Segurança Nacional do presidente americano Donald Trump, John Bolton. O diplomata, antes aliado, tornou-se um grande crítico do presidente após o fim de seu primeiro mandato. Os agentes passaram toda a madrugada de sexta-feira (22) averiguando a casa do ex-funcionário da Casa Branca, localizada em um subúrbio de Washington, segundo observações de um jornalista da AFP.

“Ninguém está acima da lei! Os agentes do FBI estão em uma missão”, escreveu no X (antigo Twitter) o diretor do FBI, Kash Patel, um aliado próximo de Trump, sem especificar a que caso se referia.

Mais tarde, Trump negou ter conhecimento da busca, mas declarou que “não era fã” de Bolton, chamando-o de “canalha” em uma conversa com repórteres em Washington.

Em janeiro, após seu retorno à Casa Branca, o mandatário republicano assinou um decreto acusando Bolton de revelar “informações sensíveis durante seu período” no governo americano, entre os anos de 2018 e 2019. Ele também retirou de seu ex-conselheiro a proteção do Serviço Secreto, a agência responsável por proteger importantes figuras políticas nos Estados Unidos, e o chamou de “idiota”. Além disso, cortou seu acesso a informações de segurança e inteligência.

A investigação busca determinar se ele compartilhou ou possuiu ilegalmente informações confidenciais nos últimos quatro anos — um período em que ele não estava a serviço do governo, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o caso que pediram anonimato para descrever detalhes de uma investigação em andamento.

As informações que fundamentaram o mandado de busca foram baseadas em informações coletadas no exterior pela CIA, segundo pessoas informadas sobre o assunto. John Ratcliffe, o diretor da CIA, forneceu acesso limitado às informações a Patel, segundo o New York Times. As informações envolviam o manuseio incorreto de material confidencial por Bolton, disseram as pessoas.

Bolton havia afirmado ser alvo de um complô para assassiná-lo, planejado pelo Irã entre 2021 e 2022, e declarou em janeiro que “a ameaça persiste”.

Segundo ele, Teerã buscava vingar a morte do general Qasem Soleimani, assassinado em 3 de janeiro de 2020 em um ataque com drones no Iraque, ordenado por Trump durante seu primeiro mandato (2017-2021).

Bolton, um republicano de 76 anos, reconhecível por seu espesso bigode, ganhou reconhecimento internacional como embaixador na ONU sob a presidência de George W. Bush, durante a guerra do Iraque.

Ao deixar a Casa Branca, passou a se opor às políticas de Trump. Recentemente, criticou a cúpula entre o presidente americano e seu homólogo russo, Vladimir Putin, no Alasca.

Retaliação

A ação foi uma demonstração de um dos poderes mais intimidadores do governo, neste caso empregado contra um crítico feroz e de alto perfil do presidente Trump. Ainda não está claro quais evidências o Departamento de Justiça citou para convencer um juiz federal a assinar o mandado de busca, ou qual culpabilidade Bolton pode ter em uma investigação intermitente sobre se ele lidou mal com informações confidenciais.

Mas o episódio ilustrou como a campanha de retaliação de Trump minou o princípio de que a polícia deve manter uma distância substancial da política, levantando questões sobre se até mesmo investigações legítimas são influenciadas pela insistência do presidente em submeter seus supostos inimigos ao mesmo tratamento que ele recebeu como alvo de múltiplas investigações.

Em seus sete meses de retorno ao cargo, Trump e seu governo têm usado uma abordagem para perseguir seus supostos inimigos, bem como pessoas e instituições que ele considera que atrapalham sua agenda, incluindo instituições acadêmicas, veículos de comunicação e escritórios de advocacia. Ao fazer isso, eles não apenas pressionaram legal e financeiramente seus alvos, em muitos casos, como também enviaram sinais mais amplos sobre os altos custos que as críticas a Trump poderiam acarretar.

Na manhã de sexta, dois veículos do FBI chegaram do lado de fora do prédio no centro de Washington, onde Bolton tem um escritório. Após uma agitação inicial, na qual agentes retiraram alguns materiais de uma saída atrás do prédio, o local ficou silencioso. Mais tarde, dois agentes deixaram o prédio de mãos vazias e partiram separadamente.

Os agentes permaneceram no local até tarde da noite, juntamente com policiais locais. Em determinado momento, três agentes vestindo jaquetas do FBI foram vistos carregando caixas de documentos vazias, presumivelmente para coletar evidências. Sete horas depois, agentes do FBI apareceram com seis caixas de papelão com material, colocaram-nas em seus veículos e partiram.

De certa forma, a busca reflete a do FBI em 2022 na casa e clube privado de Trump na Flórida, Mar-a-Lago, para recuperar documentos confidenciais que ele havia guardado e se recusado a devolver após deixar o cargo. A retenção do material confidencial por Trump foi duramente criticada por Bolton na época. Um ano depois, Trump foi indiciado por manuseio indevido de documentos confidenciais após deixar o cargo, mas o caso foi arquivado após sua reeleição. Com informações do portal O Globo.

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https://www.osul.com.br/fbi-faz-busca-em-casa-de-ex-conselheiro-e-grande-critico-de-trump/ FBI faz busca em casa de ex-conselheiro e grande crítico de Trump 2025-08-23
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