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Brasil Filho de Bolsonaro usou as redes sociais para criticar um ofício do Exército sobre o uso de armas de fogo

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Manifestação do filho do presidente da República pode causar novo constrangimento ao governo. (Foto: Agência Brasil)

Praticante de tiro esportivo e ferrenho defensor das reivindicações do segmento, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, usou as redes sociais nesta sexta-feira para criticar o Exército. O alvo foi um ofício do Ministério da Defesa, assinado nesta semana, com orientações sobre o decreto recente do governo que facilitou a posse de armas-de-fogo no País.

O documento alerta a categoria CAC (caçadores, atiradores e colecionadores) que o acervo bélico, nesse caso, se destina somente a essas atividades e continua sendo proibido usá-lo para defesa pessoal. Embora protocolar, por ser apenas um lembrete sobre o que está escrito na lei, o ofício foi suficiente para detonar o descontentamento do parlamentar.

Isso porque a classe tem suas armas registradas pelo Exército, que regulamenta regras e procedimentos a serem seguidos. Já os civis, que querem ter arma para se defender, devem procurar a Polícia Federal, que vai analisar a efetiva necessidade da posse.

O texto simplesmente lembrou à categoria que nada havia mudado nas regras, apesar do decreto de Bolsonaro. Em outras palavras, se caçadores, atiradores e colecionadores quiserem ter arma para defesa pessoal, terão de seguir os passos previstos no decreto.

No seu perfil no Twitter, o deputado publicou a foto do ofício da área militar com os trechos marcados, desferiu ironias sobre as regras e terminou com um recado com misto de reprimenda ao Exército: “Se o problema for a lei, deixa que a gente tenta alterar, mas vocês não precisam botar em suas portarias normativas que acabam por piorar a vida do atirador. O princípio norteador tem que ser o de dificultar a vida do bandido, não a do CAC”.

Eduardo Bolsonaro postou, ainda, que “se um bandido cruzar caminho do atirador”, há duas opções: não reagir e ser assassinado ou reagir e responder a penalidades previstas em regulamentos. “CAC não pode mais ser tratado como bandido. Escuto muito essa reclamação”, escreveu o deputado, marcando o perfil do Exército nas “hashtags”.

Arestas

Em uma semana marcada pela demissão de um ministro que se envolveu em polêmicas com o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), também filho do presidente, além do surgimento de novos detalhes da relação de Flávio Bolsonaro (irmão de Carlos e Eduardo) com pessoas próximas a milicianos no Rio de Janeiro, a crítica ao Ministério da Defesa pode causar novo constrangimento no governo.

Eduardo corre o risco de desagradar boa parte dos integrantes da cúpula do governo do pai. Além disso, pode indispor a família Bolsonaro com a área militar, ao parecer tentar impor limites aos documentos que o Exército pode ou não emitir.

Os chamados CACs, formados prioritariamente por atiradores desportivos, reivindicam há anos o porte de arma de fogo. As pressões sobre o governo tiveram resultado parcial na gestão do ex-presidente Michel Temer, que flexibilizou regras para a categoria. Uma delas foi permitir o chamado “porte de trânsito”, que dá direito de levar a arma municiada do local de guarda ao local de treino ou competição.

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