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Mundo Filho de deputado da Jordânia avisou o pai pelo WhatsApp que faria um ataque suicida

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Deputado trabalha para impedir jovens de aderir ao EI. (Foto: Divulgação)

O deputado jordaniano Mazen Dalaeen mandou o filho estudar em outro país para ser médico. Mas o jovem acabou se radicalizando, se juntando ao grupo autodenominado EI (Estado Islâmico) e, por fim, morrendo ao se explodir como homem-bomba em um ataque no Iraque.

“Perdi meu filho, a coisa mais valiosa da minha vida”, relata Dalaeen.

“Meu filho, que mandei para estudar e virar médico, não para voltar para mim como uma pessoa radical e se matar de uma forma tão brutal e feia.”

Hoje, Dalaeen trabalha para resgatar jovens jordanianos que tenham aderido ao grupo.

“Meu filho Mohamed tinha 23 anos e havia se mudado para a Ucrânia para estudar Medicina. Ele se casou com uma mulher de lá.”

Mas no início do ano passado eu comecei a suspeitar. Quando ele veio de férias, em janeiro, estava muito diferente. Seu comportamento, seu jeito de falar. Ele falava muito do Estado Islâmico, que estavam fazendo a coisa certa, não parava de elogiá-los.

Tentei dizer que aquilo estava errado, que eles só estavam matando civis, que não estavam nem perto da imagem certa do Islã. Mas ele não me ouviu.

Quando ele foi, com a mulher, para a Síria, pela Turquia, mandou uma mensagem por WhatsApp dizendo que havia entrado no EI e que faria um ataque suicida.

Descobrimos sobre sua morte pela mídia. Vimos a foto dele na TV e o tanque em que ele estava queimado, mas não tenho certeza absoluta que ele estava lá, não conseguimos confirmar até agora.

Recebemos uma mensagem de voz dele, gravada antes disso, dizendo que o EI iria chegar à Jordânia. Mas senti que ele foi forçado a gravar isso, o jeito dele de falar, de nos contar, parecia que estava com medo e que não estava realmente consciente de suas ações.

Ele morreu com dois outros militantes, da Síria. Eles atacaram uma milícia do Iraque – não sabemos quantos morreram do outro lado, foi uma grande explosão que destruiu uma ponte de pedestres.

“Condenamos o ataque feito pelo meu filho. Estamos com raiva porque fizeram lavagem cerebral para que ele fizesse o ataque. Eles usam o Islã como uma desculpa para fazer coisas horríveis, sem ver a situação como um todo.”

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