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Mundo Filho de Donald Trump deve ser chamado a depor, pois sabia que o governo russo estava por trás de informações comprometedoras sobre Hillary Clinton

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Apesar de os dados continuarem sendo historicamente baixos para esse ponto do seu mandato, é o pico mais elevado desde junho de 2017. (Foto: Reuters)

As investigações sobre a relação de Donald Trump Jr., filho do presidente dos EUA, com a Rússia reforçaram a pressão sobre o governo americano e tornaram improvável o avanço da agenda da Casa Branca no Congresso. Faltam 12 dias até o recesso de agosto, e o governo não conseguiu passar nem o primeiro item de sua pauta, o fim do programa de assistência à saúde do ex-presidente Barack Obama.

Após as suspeitas em relação ao filho do presidente, membros de três comissões do Congresso começaram a discutir ontem a convocação dele para explicar como se deu a troca de informações com os russos e se houve a intenção de obter dados comprometedores contra a então candidata democrata à Presidência, Hillary Clinton.

Trump Jr. manifestou interesse em obter informações contra Hillary numa troca de e-mails com Rob Goldstone, publicitário americano que representa um cantor russo. Goldstone disse que teria material comprometedor contra Hillary e, seis dias após a troca de mensagens, em junho de 2016, Trump Jr. recebeu uma advogada russa na Trump Tower, em Nova York, junto com Paul Manafort, então chefe da campanha eleitoral, e Jared Kushner, genro de Trump.

Se a convocação de Trump Jr. para depor for aprovada, serão de dois e três dias inteiros de debates no Congresso a respeito dos eventuais laços da campanha e de pessoas do governo com os russos. Para completar, a Comissão Especial do FBI que apura as conexões da equipe do presidente com autoridades russas incluiu ontem o caso de Trump Jr. na sua investigação. Esse foi mais um fator a colocar o governo na defensiva, justamente quando os esforços da Casa Branca estavam voltados à aprovação de projetos de interesse do governo no Congresso americano.

Além do fim do Obamacare, Trump quer que o Congresso eleve o teto da dívida pública e finalize a proposta de reforma tributária antes do recesso. Mas ontem já começou o debate no Legislativo sobre convocar ou não o filho do presidente para depor. Assim, a agenda do governo vai ficando para trás.

“Acho que temos que ouvir Donald Trump Jr.”, disse o senador Lindsey Graham, um dos mais críticos ao presidente dentro do Partido Republicano. Outro senador republicano, John Cornyn, concordou que o filho de Trump deve depor à Comissão de Inteligência do Senado. “Iremos até onde os fatos nos levarem”, disse o presidente do órgão, o senador Richard Burr.

A Comissão de Justiça do Senado também debateu a possível convocação de Trump Jr.. “Os e-mails mostram claramente uma intenção da campanha de Trump de conspirar”, disse o senador democrata Sheldon.

Whitehouse, membro da comissão. Segundo ele, a conduta de Trump Jr. deveria ter sido a de levar o caso ao FBI, denunciando uma conspiração para interferir nas eleições americanas.

O senador Tim Kaine, que concorreu à vice-presidência na chapa de Hillary, avaliou que os e-mails revelados até aqui indicam a possibilidade de traição aos EUA. Os democratas acreditam que pode haver outros emails ainda não revelados e, por isso, defendem o aprofundamento das investigações. A Comissão de Inteligência da Câmara também iniciou debate sobre a convocação de Trump Jr.

O filho do presidente negou ter agido ilegalmente na relação com a Rússia e divulgou a sua troca de e-mails sobre o assunto. Mas ele só tomou essa atitude depois que o jornal “The New York Times” publicou as mensagens mais comprometedoras entre ele e Goldstone.

O presidente Trump o defendeu. “Meu filho é uma pessoa de alta qualidade e aplaudo a sua transparência”, disse. Mas poucos políticos republicanos saíram abertamente em defesa da família presidencial.

As investigações poderão atingir o presidente, pois, em janeiro, ele negou contatos de pessoas de sua campanha com os russos. Os e-mails agora mostram o contrário.

Mas, para Jeffrey Toobin, especialista em assuntos judiciais da TV CNN, é preciso cautela para não condenar alguém com base em informações parciais. “Agora, os investigadores vão estabelecer as conexões dos e-mails com os encontros. E eles vão perguntar se há outros e-mails entre os russos e a campanha de Trump”, avaliou.

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