Segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de abril de 2021
O óbito do animal ocorreu em fevereiro
Foto: Sérgio Louruz/PMPAA morte de um bugio por febre amarela em Porto Alegre foi confirmada por exame laboratorial na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e informada para a Vigilância em Saúde da Capital na sexta-feira (09).
O óbito do animal ocorreu em fevereiro, e o primeiro exame para febre amarela, realizado em Porto Alegre, apresentou resultado negativo. Com a contraprova na Fiocruz, a doença foi confirmada no primata. O bugio foi encontrado já sem vida em um terreno no bairro Lageado, no Extremo Sul da Capital.
A febre amarela é transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes que habitam áreas silvestres. É uma doença viral com alta letalidade, prevenível por meio de vacina. O homem e os primatas não humanos, como os bugios, são afetados pela doença. Somente os mosquitos transmitem a febre amarela. Os primatas não transmitem o vírus para humanos.
Na sexta-feira, a Secretaria Estadual da Saúde do RS emitiu uma nota informativa com atualização da situação epidemiológica no Estado. De acordo com o documento, a epizootia (morte ou adoecimento na população animal) em bugios sinaliza a circulação do vírus nas matas – ou seja, os bugios funcionam como “sentinelas”, alertando para a necessidade de verificação da situação vacinal da população local, pois há risco de transmissão caso o vetor (mosquito) esteja em circulação na região do óbito.
Porto Alegre já é considerada área de vacinação para febre amarela em todo o seu território. Com a confirmação da doença no bugio, é importante que os moradores da cidade verifiquem a carteira de vacinação e completem o esquema vacinal de acordo com a faixa etária.
Ainda na sexta-feira, a Vigilância em Saúde de Porto Alegre emitiu para os serviços de saúde um alerta com a confirmação do caso de epizootia. “A intenção do alerta é lembrar aos profissionais de saúde sobre o risco de transmissão viral na cidade”, explicou o diretor da Vigilância, Fernando Ritter.
O Estado não registrava a presença do vírus causador da febre amarela desde 2009. Em janeiro de 2021, foi confirmado um caso no município de Pinhal da Serra, próximo à divisa com Santa Catarina. Desde então, em outros 15 municípios gaúchos houve confirmação da presença do vírus.
A vacina contra a febre amarela está disponível nas unidades de saúde da Capital.