Geral Força Armada da Venezuela está pronta para os “desafios que virão”, afirma o ministro da Defesa
Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2023
A FANB (Força Armada Nacional Bolivariana) da Venezuela está pronta para enfrentar os “desafios que virão”, declarou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, em resposta ao presidente Nicolás Maduro, que destacou o trabalho da instituição militar em 2023.
Na rede social X, o chefe de Estado assegurou que o povo “superou e supera os obstáculos com o apoio e o respaldo” da “vitoriosa FANB”, cujas operações têm como objetivo “garantir o bem-estar” da população.
Por sua vez, o ministro respondeu que “o povo, o Estado e suas instituições sempre podem contar com as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas”.
Padrino López, que também é vice-presidente setorial de Soberania Política, Segurança e Paz, garantiu ao presidente em sua mensagem que a FANB continuará “a garantir a soberania nacional e a integridade territorial” da “pátria amada”.
De acordo com o governo, as Forças Armadas “garantiram a defesa integral” do território com uma “mobilização permanente por ar, mar e terra durante o ano de 2023”.
Também destacou que a FANB está “em alerta permanente para a proteção” da região do Essequibo, o território de quase 160 mil km² em disputa com a Guiana, que a Venezuela reivindica.
O governo venezuelano disse no domingo que mantém seus alertas ligados depois que o Reino Unido anunciou o envio de um de seus navios de guerra para a Guiana, uma de suas ex-colônias, em meio à disputa territorial entre os dois países sul-americanos.
Na opinião do ministro da Defesa venezuelano, esse anúncio ameaça os acordos assinados em São Vicente e Granadinas no dia 14 de dezembro entre Caracas e Georgetown, que concordaram em não se ameaçar mutuamente e “evitar incidentes” sobre o território em disputa.
O Reino Unido anunciou no domingo (24) o envio de um navio militar para a Guiana. “O ‘HMS Trent’ partirá este mês para a Guiana, nosso aliado regional e parceiro na Commonwealth, para uma série de compromissos na região”, afirmou o ministério da Defesa britânico em comunicado.
Segundo a BBC News, o navio deve participar de exercícios militares após o Natal com outros aliados da Guiana, que foi colônia britânica até 1966. A emissora britânica não especificou quais outros países estão envolvidos.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, classificou o envio do navio militar como uma “provocação”.
“Um navio de guerra em águas a serem delimitadas? E então? E o compromisso com a boa vizinhança e a convivência pacífica? E o acordo de não ameaçar e usar a força mutuamente em nenhuma circunstância?”, publicou Padrino López no X (antigo Twitter), referindo-se ao acordo assinado em 14 de dezembro durante o primeiro encontro entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali.
“Seguimos alertas a essas provocações que colocam em risco a paz e a estabilidade do Caribe e de nossa América!”, concluiu o chefe militar venezuelano. As informações são das agências de notícias Efe e AFP.
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