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Porto Alegre Seis policiais militares foram denunciados por morte de lutador em Porto Alegre

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José Mauro Chaulet foi morto a tiros em maio deste ano, em um bar na Zona Norte de Porto Alegre

Foto: Reprodução
José Mauro Chaulet foi morto a tiros em maio deste ano, em um bar na Zona Norte de Porto Alegre. (Foto: Reprodução)

Seis policiais militares (PM) foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) por envolvimento na morte do lutador de MMA (Artes marciais mistas, em português) José Mauro Chaulet. O atleta, de 36 anos, foi morto a tiros em maio deste ano, em um bar na Zona Norte de Porto Alegre.

A denúncia foi apresentada pela promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari no último sábado (23). Na avaliação do MP-RS, Chaulet foi morto por motivo torpe e com o agravante de ter resultado em perigo comum. Os policiais ainda teriam faltado com a verdade em seus depoimentos. Eles teriam plantado uma arma próximo ao corpo do lutador.

“O crime foi cometido com emprego de meio que resultou perigo comum, uma vez que os disparos de arma de fogo foram efetuados em frente a um bar, após seu horário de fechamento, havendo grande movimento de pessoas saindo do local, podendo atingir indiscriminadas outras pessoas que ali se encontravam. Praticado, ainda, com recurso que dificultou a defesa da vítima, já que este foi atingido de inopino, após ter sido liberado para ir embora por outro policial, encontrando-se em seu veículo, quando passou a ser alvo dos disparos, sendo atingido pelas costas, sendo surpreendida, o que dificultou reação de defesa ou fuga do ofendido”, destaca a promotora na denúncia.

Com o recesso do Judiciário, a análise deve ficar para o ano que vem. Os agentes também irão responder por tentativa de homicídio contra a companheira do lutador. Ela foi atingida por vários disparos. O casal estava em uma festa quando teve início uma briga generalizada envolvendo policiais presentes no local. Uma briga entre mulheres teria ocorrido dentro da casa noturna. Um PM à paisana teria dado um tiro para o alto e, para evitar maiores problemas, Chaulet teria ido ao encontro dele e o desarmado.

Neste momento, a arma disparou acidentalmente na virilha do PM. Eles deixavam o bar quando outros dois agentes que chegavam ao local e efetuaram disparos contra o casal. O lutador foi atingido no pulmão.

Um mês após o incidente, a Brigada Militar (BM) realizou uma coletiva de imprensa para anunciar a conclusão do inquérito. Foi revelado que câmeras de segurança registraram um militar de folga se unindo aos colegas para plantar uma arma próximo ao corpo da vítima.

De acordo com as informações repassadas pela BM, Chaulet posteriormente foi abordado por outro policial amigo daquele alvejado acidentalmente e que pediu a entrega da arma. Uma viatura do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM) chegou ao local. Desobedecendo à ordem de abordagem, a vítima acelerou o carro, sendo ferido mortalmente pelos policiais. Após serem atingidos, o casal desceu do veículo e se deitaram ao solo, momento em que a arma teria sido plantada, conforme a investigação. Dois policiais que atiraram contra o carro foram indiciados, um por homicídio com dolo eventual e o outro por tentativa de homicídio com dolo eventual. Ambos estão afastados de suas funções.

“A arma que ele (Chaulet) tirou do PM envolvido em uma briga dentro do bar foi entregue por nós a outro policial à paisana, já do lado de fora do local. Mesmo assim, atiraram em nós, e, baleados, após o carro bater em uma árvore, mandaram a gente descer e deitar no chão. Nessa hora, policiais acionados para atender a ocorrência pisaram nas nossas costas. Aceleraram a morte dele ao chutá-lo no chão, e eu me fingi de morta”, disse a mulher da vítima em uma audiência na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em maio.

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