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Fórmula 1 Fórmula 1 em Las Vegas: frio, revolta de moradores, frustração e “palhaçada” em evento de R$ 2,4 bilhões

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Imagem mostra a cerimônia de abertura para a corrida da Fórmula 1 em Las Vegas. (Foto: Reprodução)

Depois de passar por São Paulo, a Fórmula 1 desembarca neste fim de semana em Las Vegas, nos Estados Unidos, para a realização da 21ª etapa de 2023. Será a terceira corrida em solo americano no ano em uma prova que marca o retorno da categoria máxima do automobilismo mundial à cidade dos cassinos e prodigiosa vida noturna após 41 temporadas.

O Grande Prêmio de Las Vegas é, sem dúvida, a etapa mais esperada de toda a temporada. Com investimentos altíssimos, próximos a US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões), para celebrar o evento, o poder local e a Fórmula 1 esperam movimentar US$ 1,7 bilhão (R$ 8,3 bilhões) em receitas para justificar a gastança e o incômodo causado nos moradores da cidade. Para efeito de comparação, o GP de São Paulo gerou um impacto econômico de R$ 1,64 bilhão, de acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas.

Assim como com Miami, a Fórmula 1 encontrou muita resistência para montar uma corrida de rua nas proximidades da Las Vegas Strip. A construção das estruturas causou problemas para moradores e até turistas, que têm de desviar seus caminhos e percorrer maiores distâncias para chegar a pontos emblemáticos da região. O trânsito também foi muito prejudicado no entorno do circuito. Dentro de três meses, a região abrigará outro importante evento esportivo: o SuperBowl (a final da NFL), que será disputado no Allegiant Stadium, no dia 11 de fevereiro de 2024.

“Houve muitas reclamações de moradores sobre o GP ser aqui. Acho que temos de ser respeitosos com a população local, porque há muitas pessoas trabalhando duro. Há muito dinheiro e fortuna em Las Vegas, nos lugares que a F-1 visita e nessa indústria. Nós temos de garantir que os moradores sejam protegidos. Não podemos ser um circo que aparece cheio de glamour e afeta as pessoas negativamente”, afirmou o heptacampeão Lewis Hamilton à Sky Sports.

Quem também não gostou de toda a pompa que precedeu o início do fim de semana em Las Vegas foi Max Verstappen. “Por mim, poderíamos evitar todas essas coisas. Não é sobre o cantor, é que estamos ali em pé, como se fôssemos um palhaço. É 99% show e só 1% evento esportivo”, disse o holandês.

As elevadas expectativas também inflacionaram os preços dos ingressos em um primeiro momento. No entanto, com a proximidade do GP de Las Vegas as entradas passaram a ser revendidas com uma redução significativa em relação ao valor original, de acordo com um levantamento da CNN. Um dos motivos do desinteresse também seria pelo fato de o campeonato mundial já estar definido. Verstappen se sagrou tricampeão há mais um mês.

Dono dos ingressos mais caros de toda a temporada, o GP de Las Vegas cobrava US$ 1.645 (R$ 8 mil) para a corrida. Essa entrada é comercializada nas últimas semanas por US$ 1.060 (R$ 5,2 mil). Uma variação negativa de 35% aproximadamente. Os tickets mais baratos sofreram quedas de cerca de 50%. Os mais em conta, para acompanhar os treinos livres, saem agora por US$ 180 (R$ 875).

O circo da Fórmula 1 já passou por Las Vegas no biênio 1981-1982. A prova de 1981 traz boas recordações para o automobilismo brasileiro. Foi nela que Nelson Piquet, pilotando pela Brabham, faturou seu primeiro título mundial. Piquet terminou a prova na quinta posição, deixando o principal concorrente ao troféu, o argentino Carlos Reutemann, da Williams, para trás e superando o forte calor e uma lesão nas costas. A temperatura, por sinal, é um dos fatores que deve contrastar com aquelas corridas feitas num circuito improvisado no estacionamento do hotel Caesars Palace.

A Fórmula 1 optou por fazer o Grande Prêmio de Las Vegas em novembro com a prova e todas as atividades acontecendo em período noturno. Mas a organização não levou em consideração as baixas temperaturas que o ambiente desértico de Nevada propicia durante a noite. “A única coisa que não consideramos inicialmente, mas com a qual a empresa de pneus lidou, é que fica muito, muito frio à noite. Portanto, pode estar muito frio e, claro, fazer os carros funcionarem nessas temperaturas pode ser um desafio. A fornecedora de pneus tem feito algum trabalho para garantir que os compostos possam lidar com isso”, disse Ross Brawn, que ajudou na organização da prova.

A previsão do tempo indica que durante a corrida, na madrugada de domingo, os termômetros devem apontar entre 10ºC e 13ºC. Os carros devem ter dificuldades para aquecer os pneus e conseguir aderência. O desgaste diferenciado dos compostos também pode causar problemas, especialmente pelo desenho da pista com retas longas e as chances elevadas de entrada de safety car por se tratar de uma corrida de rua. Pelo calendário de 2024 da Fórmula 1, o circo retornará a Las Vegas no fim de novembro, no dia 23, quando as temperaturas podem ser ainda mais baixas.

Tais condições climáticas tornam o apontamento de um favorito ainda mais complicado. Somente após os primeiros treinos livres haverá indícios de qual equipe promete se destacar. Apenas a Ferrari foi capaz de superar a Red Bull em 2023 em uma única prova, em Cingapura. A McLaren é uma forte candidata e é tratada no meio da Fórmula 1 como uma potencial concorrente para o tricampeão Max Verstappen na próxima temporada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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