Por Redação O Sul | 21 de junho de 2020
Um homem de 36 anos que se negou a usar máscara em um supermercado foi morto a tiros pelo gerente do estabelecimento. A história aconteceu na cidade de Vacaria, na região da Serra Gaúcha, na noite do último sábado (20). De acordo com a Polícia Civil, a divergência sobre o uso do item de segurança contra o coronavírus motivou a discussão e o crime.
Por volta das 19h30min, um homem, identificado pela polícia de Vacaria como Aldori Somavilla Cardoso, entrou no supermercado. Ao circular pelo estabelecimento sem uma máscara, ele foi advertido pelo gerente (que não teve o nome divulgado) sobre a necessidade de usá-la.
Mesmo sem máscara, Cardoso entrou no supermercado sem ser notado. Ao se dirigir ao caixa, ele teria sido abordado pelo gerente – que pede para que ele use uma máscara ou deixe o local. A negativa transformou-se em uma discussão acalorada, que teria durado menos de um minuto.
No meio da discussão, Cardoso acertou o gerente com uma faca. Ainda de acordo com a polícia, foram dois golpes, um no tórax e outro no abdômen.
Mesmo ferido, o gerente sacou um revólver calibre 38 e atirou em direção ao seu agressor. Um dos tiros atingiu Cardoso no tórax – e ele caiu na entrada do supermercado.
Cardoso chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Já o gerente, de acordo com a polícia de Vacaria, seguia hospitalizado até este domingo.
O gerente tem porte de arma e não tem antecedentes criminais. Cardoso, por sua vez, tinha antecedentes por brigas de trânsito e ameaça.
Segundo o delegado Anderson Lima, o gerente estava autorizado a carregar a arma de fogo aonde fosse, de maneira escondida.
O delegado também afirma, ainda sem a apuração devida, que a visão primário do episódio é de que o gerente agiu em legítima defesa. “Confirmada a legítima defesa não responde por nada, teve agressão injusta do cliente, que tenta matar ele. Se confirmar a situação como está se desenhando, não vai dar nada”, salienta Lima.
Durante a pandemia da Covid-19, o uso de máscaras é obrigatório no Rio Grande do Sul. A regra é parte do esquema de distanciamento controlado determinado pelo governo gaúcho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
