Segunda-feira, 03 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A decisão da senadora Ana Amélia, no final da tarde de ontem, de aceitar ser vice de Geraldo Alckmin, provoca uma reviravolta e fortalece a candidatura de Eduardo Leite ao governo do Estado. Luis Carlos Heinze, que vinha mal nas pesquisas, recua da intenção de concorrer ao Palácio Piratini e buscará a vaga de senador. A entrada do PP na coligação já estabelecida entre PSDB e PTB altera a correlação de forças. A começar pelo maior tempo de propaganda de Leite em rádio e TV. Ao lado disso, contará com a forte estrutura dos progressistas em todo o Estado, que seu partido não tem.
Evita o mau resultado
A retirada de Heinze elimina o risco de o PP mostrar um desempenho aquém de seu tamanho no Estado. O deputado federal, que está no quinto mandato, deveria ter começado a campanha há, no mínimo, um ano. Representante da Fronteira Oeste e do setor primário, precisaria estar hoje com muito mais visibilidade, como demonstram as pesquisas. Faltando 65 dias para as eleições, não se recuperaria mais.
Maioria tranquila
Com 85 por cento dos votos na convenção nacional do MDB, Henrique Meirelles foi escolhido, ontem, para concorrer à Presidência da República.
Derrota dos senadores Renan Calheiros e Roberto Requião que lideravam o time contrário ao ex-ministro da Fazenda.
Dúvida
Para vice de Meirelles, o MDB escolherá entre Marta Suplicy e Germano Rigotto.
Para se eleger senadora em 2010, a ex-petista somou 8 milhões e 314 mil votos. O ex-governador embarca hoje no primeiro voo a Brasília para conferir de perto a definição.
Revide
Há poucos dias, o presidenciável Ciro Gomes declarou que “o PT é um dos grandes responsáveis pela tragédia brasileira.” Não contava que estavam em andamento negociações de apoio dos petistas a candidatos do PSB aos governos de cinco estados. Em troca, foi exigida a neutralidade dos socialistas, que pretendiam se coligar com Ciro. Com o acordo firmado, perdeu o PDT.
Permanência
Em 1989, a renovação na Câmara dos Deputados foi de 62 por cento. Caiu para 44 em 2014. A previsão para este ano é de 35 por cento.
Testando prestígio
No Rio de Janeiro, sucessores de figuras carimbadas e presas tentarão se eleger: Marco Antonio Cabral, filho de Sérgio Cabral, e Daniele Dytz, filha de Eduardo Cunha.
Deixará de ousar
Aécio Neves arrepiou. Vai trocar o incerto pelo certo. Desgastado com as denúncias de propina, deixará de concorrer ao Senado para garantir vaga na Câmara dos Deputados. Foi onde iniciou a carreira em 1987, dois anos após a morte de seu avô Tancredo Neves.
Vedações
Até as eleições, a lei proíbe a publicidade de atos, programas, obras, serviços e as campanhas de órgãos públicos federais e estaduais. A única exceção é para casos graves e urgentes, envolvendo necessidade pública.
Corte nos juros
Há 15 anos, o governo do Estado recorre aos depósitos judiciais para suprir a falta de dinheiro no caixa da Secretaria da Fazenda. Os empréstimos totalizam 10 bilhões e 700 milhões de reais, remunerados pela taxa de juros Selic. Em 2003, estava em 14 por cento ao ano. Agora, o Executivo quer reduzir a conta, pagando o percentual da caderneta de poupança. A proposta irá para a Assembleia Legislativa.
Acúmulo
Há um conceito de que o Brasil é o país com excesso de leis. Mesmo assim, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, porta de entrada do Senado, tem na fila 2 mil e 109 proposições. Desse total, 1.161 projetos alteram ou criam leis sobre defesa do consumidor, legislação comercial, Direito Penal, estrangeiros, Forças Armadas, defesa nacional, segurança pública, trânsito e Direito Eleitoral.
Não passará
Um dos projetos em Brasília diminui em 25 por cento os integrantes da Câmara dos Deputados e em um terço os do Senado. Com isso, o número de deputados federais passaria de 513 para 386 e o de senadores, de 81 para 54. O texto ainda não tem relator designado. Dificilmente algum parlamentar vai aceitar a incumbência. Questão de auto proteção.
Já é um costume
Na reta final das convenções, sucedem-se as famosas cenas do tapete puxado.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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