Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de julho de 2015
A previsão do governo Dilma Rousseff é de que, sem a adoção de medidas adicionais na área de despesas e receitas, o superávit primário do setor público (receitas menos despesas, exceto o pagamento de juros) pode fechar o ano muito perto de zero. Segundo dados analisados pela equipe presidencial nesta segunda-feira (20) para definir se mantém ou reduz a meta fiscal de 2015, o superávit pode terminar o ano em 0,15% do PIB (Produto Interno Bruto), muito abaixo da meta estabelecida pelo governo para 2015, de 1,1%. Para evitar que esse cenário se torne realidade, Dilma decidiu adotar, nos próximos dias, medidas de aumento de receita e também de corte de despesas em estudo pela equipe econômica.
Nesta segunda, ela se reuniu com os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento). Assessores disseram que a presidenta está inclinada a optar pela posição de Levy, deixando uma definição final sobre a redução da meta fiscal para setembro.
Dentro do Palácio do Planalto, o discurso é que, mais cedo ou mais tarde, a meta terá de ser reduzida porque o cenário fiscal traçado pelos técnicos mostraria que seu cumprimento ficou praticamente impossível. A dúvida, segundo um auxiliar da presidenta, é sobre o tamanho da redução. Enquanto a equipe de Levy quer buscar o resultado mais próximo possível de 1,1% do PIB, a ala política prefere reduzi-la para 0,6% do PIB.
Para buscar o maior superávit possível, fixado em 66,3 bilhões de reais, a equipe econômica prepara um conjunto de medidas que pode render até 50 bilhões de reais para os cofres públicos ainda neste ano. (Folhapress)