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Colunistas Governo gaúcho centraliza e restringe circulação de pessoas

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Ao lado do vice Ranolfo Vieira Junior, governador Eduardo Leite anunciou as medidas mais duras. (Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O governador gaúcho Eduardo Leite decidiu ontem adotar regras da bandeira preta, com restrição de atividades comerciais não essenciais em todo o Rio Grande do Sul. Com a suspensão do sistema de cogestão no Distanciamento Controlado por uma semana, os prefeitos perdem autonomia, e passarão a vigorar as regras mais duras da bandeira preta.

O governador baseou-se em estudos  do grupo coordenado pelo professor de educação física, e ex-reitor da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), Pedro Hallal.

Em São Paulo Dória, fez anuncio quarta-feira

A medida anunciada por Eduardo Leite no estado, embora mais restritiva, se assemelha ao que fez seu colega tucano, o governador de São Paulo, João Doria, que anunciou na quarta-feira, que o Estado vai restringir a circulação de pessoas das 23h às 5h até 14 de março para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

A recepção a pacientes do Norte

Em janeiro, o governo do Rio Grande do Sul disponibilizou sua rede hospitalar para receber pacientes de locais com o sistema de saúde em colapso. Desde então, o estado já atendeu 50 pessoas do Amazonas e de Rondônia, onde uma nova onda, a chamada Segunda Cepa, atingiu a população.

Vereadora Fernanda Barth analisou dados

A vereadora Fernanda Barth, de Porto Alegre, deu-se ao trabalho de analisar a evolução dos casos de Covid no Rio Grande do Sul, após a chegada dos pacientes vindos de Rondônia e Manaus, e infectados pela segunda onda. Segundo ela, no dia 27 de janeiro, Porto Alegre recebeu nove pacientes com Covid-19 vindos de Rondônia. No dia 29 de janeiro, mais 7, vindos de Manaus.
Baseada em dados oficiais da Secretaria Municipal de Saúde, em exatos 15 dias depois da chegada dos primeiros pacientes, o número de internações com Covid-19 em leitos de UTI subiu quase 10,4%. 21 dias depois, tinham subido 25%. Ontem, dia 25 de fevereiro, 27 dias depois, aumentaram 54,5%. Oficialmente o governo do estado rechaça qualquer nexo entre o descontrole do enfrentamento ao covid, e a vinda de pacientes do Norte, infectados com a segunda onda.

Cenário pode ter sido causado pela nova cepa?

Segundo Fernanda Barth, “ainda que não possamos afirmar com certeza se este cenário foi causado pela nova cepa, é inegável que a evolução desses indicadores merecem toda a atenção da autoridades de saúde e uma ampla investigação. Lembrando que o governador foi peremptório ao afirmar a situação estava sob controle aqui e que havia leitos sobrando, há menos de 30 dias.”
O secretário municipal da Saúde Mauro Sparta, e o deputado estadual Thiago Duarte já haviam manifestado preocupação com os riscos de receber no estado, pacientes infectados pela segunda onda do Covid-19.

Outras coincidências

Em Santa Catarina, onde foram acolhidos pacientes vindos de Manaus, ocorreu uma explosão de casos.

Por coincidência, Santa Maria, que também acolheu 15 pacientes vindos de Manaus com a segunda cepa, viu os casos de covid aumentarem: de 12 a 18 de fevereiro, foram 404 casos confirmados. Desde a última segunda-feira até esta quinta, 460.

Osmar Terra: “Cada vez que o governo gaúcho fez lockdown aumentou o contágio”

O deputado federal e médico Osmar avaliou ontem que “esse surto tem a ver com a nova cepa, e não tem nada  a ver com a atividade das pessoas.  Não adianta repetir mais do mesmo, cometer os mesmos erros que foram cometidos ao longo de todo este ano da pandemia. Já deu para aprender que não dá para ficar trancando as pessoas em casa. Cada vez que o governo gaúcho fez lockdown aumentou o contágio, não diminuiu”.

Segundo Terra, “Pelotas é um bom exemplo: faz lockdown toda hora, tranca a cidade no fim de semana, não deixa as pessoas caminharem na rua, e não cuida do asilo.”

Ele considera “um absurdo do governador criar um lockdown das cidades a partir das 8 horas da noite até as 5 horas da manhã, como se o vírus só circulasse de noite.”

Essa cepa mais infectante, explica o deputado, “tem uma velocidade maior, duas ou três vezes maior. O que temos de fazer: levar a vida o mais normal possível, guardando distancia, evitando aglomeração, e tomando cuidados. Todos estarão mais protegidos trabalhando, do que trancados em casa” . Osmar Terra fez um apelo ao governador:

“Não faça mais isso. Não repita esse erro.”

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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