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Mundo Governo italiano é criticado por cobrir estátuas nuas para não ofender a comitiva do Irã

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Estátua como a Vênus Capitolina e a Statua di Fauno con cesto d'uva foram cobertas. (Foto: Reprodução)

Quem passou, no último dia 26, pela estátua de mármore da Vênus Capitolina – uma mulher nua esculpida no século II a.C. –, no Campidoglio, em Roma (Itália), encontrou placas brancas cobrindo toda a obra de arte. A decisão do governo italiano de cobrir estátuas desnudas na sede da prefeitura de Roma, a pedido da comitiva iraniana, em visita oficial à Itália, recebeu muitas críticas.

A maioria delas afirmava que, com isso, o premier Matteo Renzi, já criticado por não tocar no tema dos direitos humanos na entrevista coletiva com o presidente do Irã, Hassan Rouhani, estava submetendo a identidade cultural italiana aos caprichos de autoridades estrangeiras. “Não se pode esconder a própria cultura, religião ou história. Foi um equívoco”, reagiu o arqueólogo Giuliano Volpe, presidente do Conselho Superior para os Bens Culturais do Ministério da Cultura italiano. “É preciso valorizar as diferenças.”

Gianluca Peciola, do partido Esquerda, Ecologia e Liberdade, solicitou a Renzi a explicar “uma decisão vergonhosa, que é uma mortificação da arte e da cultura como valores universais”. “O respeito a outras culturas não pode negar a nossa”, disse Luca Squeri, deputado do Forza Italia, de centro-direita, do ex-premier Silvio Berlusconi.

Meios de comunicação da Itália também engrossaram as críticas pelo encobrimento de estátuas desnudas. Os jornais italianos estamparam em suas páginas fotografias com as placas brancas. “Cobrir esses nus é ridículo”, dizia a manchete do Il Giornale, um jornal da oposição.

Entretanto, em 2008, uma imensa tela que ficava na sala onde Berlusconi recebia a imprensa, também foi censurada: uma mulher na pintura teve os seios desnudos cobertos. A justificativa oficial foi não ferir as sensibilidades de telespectadores que vissem o seio nu enquadrado logo acima da cabeça de Berlusconi – o premier esteve em meio a escândalos de prostituição.

Segundo o governo italiano, o pedido de Teerã foi aceito “por respeito à cultura e à sensibilidade iraniana”. E nenhum tipo de bebidas alcoólicas foi servido durante o jantar, já que o islamismo proíbe o consumo de álcool. Na França, o almoço previsto do presidente François Hollande e Rouhani foi cancelado após os franceses se recusarem a tirar o vinho da mesa, como exigem os iranianos em visitas internacionais.

Questionado sobre o choque de culturas em uma entrevista coletiva antes de deixar a Itália, Rouhani disse que era uma “coisa menor” e agradeceu a Itália por ser “muito hospitaleira”. Até o ministro da Cultura, Dario Franceschini, chamou a decisão de incompreensível. Franceschini e o primeiro-ministro afirmaram que não foram informados do pedido.

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https://www.osul.com.br/governo-italiano-e-criticado-por-cobrir-estatuas-nuas-para-nao-ofender-a-comitiva-do-ira/ Governo italiano é criticado por cobrir estátuas nuas para não ofender a comitiva do Irã 2016-01-29
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