Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2016
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou na quarta-feira, que a recriação da CPMF é uma “poupança necessária” e “receita extra” para o País atravessar “uma fase de maior turbulência econômica”. Ele também minimizou a piora das projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional) para o crescimento do Brasil em 2016 e 2017, dizendo que os estudos do governo indicam uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) “não tão alta”.
Segundo ele, apesar das resistências, o governo trabalhará pela aprovação do tributo pelo Congresso até maio, de forma que ele possa vigorar já a partir de setembro. “Nesse momento, a CPMF é uma poupança necessária para atravessarmos esse período de maior instabilidade, enquanto atuamos em outras áreas da política fiscal, enquanto fazemos reformar estruturais para controlar o crescimento do gasto público”, disse, em entrevista durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).
“Hoje, a melhor alternativa é aprovar um aumento temporário da receita para que a economia se recupere mais rápido. Sem esse aumento temporário da receita, a economia vai levar mais tempo para se recuperar”, afirmou.
O Orçamento 2016 aprovado pelo Congresso traz uma previsão de 10,3 bilhões de reais de arrecadação de CPMF no ano, equivalente aos quatro últimos meses. O novo imposto deve ser cobrado sobre as transações bancárias para financiar gastos da Previdência Social.