Sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de novembro de 2015
Depois de um pequeno período de calmaria, a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, por suspeita de tentar prejudicar as investigações da Operação Lava Jato, voltou a estremecer as relações entre os poderes executivo e legislativo brasileiros. Os primeiros efeitos deste impacto foram a inviabilizações das votações na Câmara e do Senado na quarta (26) e quinta-feira (27).
Com isso, o Palácio do Planalto está em alerta com o risco de não serem aprovados neste ano o Orçamento de 2016 e as propostas que integram o pacote de medidas do ajuste fiscal. O governo federal corre contra o tempo para aprovar o projeto que reduz a meta fiscal de 2015 antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 22 de novembro. Se não conseguir, as contas do primeiro ano do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff poderão ser rejeitadas por descumprimento da lei orçamentária. Pela proposta, o governo ficará autorizado pelo Legislativo a fechar as suas contas com um rombo recorde de até R$ 119,9 bilhões em 2015.