Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de março de 2021
Expectativa de inflação subiu de 3,23% para 4,4%, acima do centro da meta prevista para este ano, que é de 3,75%
Foto: DivulgaçãoO Ministério da Economia manteve em 3,2% sua expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (17) pela Secretaria de Política Econômica da pasta, por meio do Boletim Macrofiscal.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia de Covid-19 e ao aumento no número de contaminados e de mortes provocadas pela doença, que também tem gerado reflexos negativos na economia.
“As incertezas são elevadas com os desafios de enfrentamento à pandemia, mas deve-se considerar os indicadores no primeiro bimestre que apontam continuidade da recuperação da atividade econômica”, informou o Ministério da Economia.
De acordo com a área econômica, a manutenção de uma “política monetária em terreno acomodatício”, ou seja, juros baixos, a expansão da vacinação, o controle dos gastos públicos públicos e a continuidade das reformas estruturais “possibilitarão a elevação da confiança e maior vigor da atividade ao longo de 2021”.
Para o ano de 2022, a previsão oficial de alta do PIB do governo federal foi mantida em 2,5%. A expectativa do mercado financeiro, apurada na semana passada, é de que o PIB tenha uma alta de 3,23% em 2021.
No fim de 2020, o BC (Banco Central) estimou um alta de 3,8% para o nível de atividade neste ano, mas, em janeiro deste ano, avaliou que a pandemia pode gerar uma “reversão temporária da retomada econômica”.
Em 2020, a economia brasileira registrou um tombo de 4,1%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse foi o maior recuo anual da série iniciada em 1996.
Alta da inflação
Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do País, o Ministério da Economia elevou sua projeção de 3,23% para 4,4% em 2021.
Com o novo aumento, a expectativa de inflação do mercado continua acima da meta central deste ano, de 3,75%. Pelo sistema de metas, não haverá descumprimento se a inflação oscilar entre 2,25% e 5,25% em 2021.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). “O principal responsável pela elevação da projeção foi o preço dos alimentos. Todavia, as expectativas a partir de 2022 apontam convergência da inflação para o centro da meta”, informou o Ministério da Economia.
A previsão da Secretaria de Política Econômica para a inflação está abaixo da estimativa do mercado financeiro – de uma alta de 4,6% em 2021.