Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 4 de maio de 2019
Em reunião na sede do Ministério de Relações Exteriores do Peru, O Grupo de Lima decidiu, nesta sexta-feira (3), convidar Cuba e o Grupo de Contato Internacional (GCI) para participar de maneira conjunta de uma solução para a crise política na Venezuela.
A reunião de emergência foi realizada para avaliar a crise venezuelana depois da tentativa de rebelião do presidente autoproclamado Juan Guaidó. Foi proposto ainda, uma reunião entre o Grupo de Lima e o Grupo de Contato Internacional da Venezuela, que inclui Alemanha, França, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia, Reino Unido, Bolívia, Equador, Uruguai e Costa Rica).
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que a reunião do Grupo de Lima tem a intenção de “deixar muito claro” que o desfecho dos atos dos últimos dias na Venezuela, contra o regime de Nicolás Maduro, não representou “uma derrota” de Guaidó.
Na manhã deste sábado (4), Juán Guaidó voltou a pedir em seu twitter para que manifestantes tomem as ruas, mas de maneira pacífica.
Grupo de Lima
O Grupo de Lima refere-se a um agrupamento de chanceleres de países das Américas formado em 8 de agosto de 2017, na capital do Peru, Lima, com o objetivo declarado de “abordar a crítica situação da Venezuela e explorar formas de contribuir para a restauração da democracia naquele país através de uma saída pacífica e negociada”. Na ocasião, representantes de 12 países americanos (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru) firmaram o documento conhecido como Declaração de Lima, no qual o grupo definiu sua posição acerca da “situação crítica na Venezuela”, condenando a existência de “presos políticos”, a “falta de eleições livres” e a “ruptura da ordem democrática na Venezuela”.