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Brasil Hackers brasileiros expandem fraudes para os Estados Unidos, para os países europeus e até para a China

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Malwares usados contra clientes de bancos no Brasil buscam novas vítimas no exterior. (Foto: Reprodução)

O sistema bancário brasileiro está entre os mais preparados do mundo para lidar com fraudes cibernéticas e, como consequência, os criminosos daqui também desenvolveram alto grau de sofisticação. E essa expertise do mal está sendo exportada, revela estudo divulgado nesta terça-feira pela Kaspersky.

Os pesquisadores da empresa de cibersegurança descobriram quatro famílias de trojans bancários (malwares que atacam sistemas de bancos) desenvolvidos no Brasil operando em países das Américas, da Europa e até na China.

Mesmos sistemas bancários

Os trojans foram criados originalmente para atacar o sistema bancário brasileiro, mas como as instituições financeiras operam em outros países, o código foi adaptado para fazer vítimas no exterior.

O malware batizado como Guildma é o mais distribuído, sendo preparado para atuar, além do Brasil, no Chile, no Uruguai, no Peru, no Equador, na Colômbia, nos EUA, em Portugal, na Espanha e na China.

O Melcoz está em operação no Chile, no México, em Portugal e na Espanha; o Grandoreiro em México, Portugal e Espanha; e o Javali, no México.

“Eles começaram no Brasil e perceberam a facilidade de migrar para outros países, porque geralmente os sistemas dos bancos daqui são os mesmos de outras filiais. Muda o idioma, o endereço do site, mas o resto é igual”, explica Fabio Assolini, analista de segurança da Kaspersky.

Os grupos são independentes e têm operações diferentes. Uns são oferecidos em mercados ilegais no modelo “malware as a service”, no qual os desenvolvedores “alugam” o trojan para outros criminosos, em troca de um valor fixo ou uma porcentagem da fraude. Outros, aparentemente, têm comparsas nos países de atuação.

“É preciso ter alguém no local para fazer o cash out, seja em saques em caixas eletrônicos ou usando contas laranjas”, diz Assolini. “As transações internacionais são muito fáceis de serem detectadas.”

Os trojans se espalham por campanhas de phishing, com mensagens falsas disparadas por e-mail, SMS e outros serviços de mensagem. Uma vez instalados, eles miram especificamente o dinheiro das vítimas em contas bancárias, seja pelo roubo das credenciais de acesso ou pela captura de sessões de internet banking.

Como se proteger

Ao detectar o acesso a um site bancário, o malware exibe uma mensagem de erro para o cliente e comunica o criminoso em tempo real, que assume o controle da máquina infectada e executa o roubo dentro de uma conexão legítima.

“Os criminosos brasileiros estão recrutando ativamente afiliados em outros países para exportar suas ameaças para o mundo inteiro”, alerta Dmitry Bestuzhev, diretor da equipe de Pesquisa e Análise Global da Kaspersky na América Latina. “E eles continuam inovando, adicionando novos artifícios e técnicas para ocultar suas atividades maliciosas e tornar seus ataques mais lucrativos.”

Para se protegerem, os clientes de bancos devem, se possível, possuir softwares de proteção e sempre desconfiar de comunicados inesperados.

“O brasileiro já está cansado de saber que é preciso desconfiar das mensagens recebidas, mas esse nível de educação não é o mesmo em outros países não acostumados com fraudes bancárias. Isso facilita a ação desses grupos”, diz Assolini.

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https://www.osul.com.br/hackers-brasileiros-expandem-fraudes-para-os-estados-unidos-paises-europeus-e-ate-a-china/ Hackers brasileiros expandem fraudes para os Estados Unidos, para os países europeus e até para a China 2020-07-14
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