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Brasil A prévia do crescimento do PIB do Brasil registra alta de 1,3% em maio e indica que o fundo do poço ficou para trás

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13 Estados tiveram crescimento acima da média nacional. (Foto: Reprodução)

A economia brasileira registrou alta de 1,3% em maio na comparação com o mês anterior, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta terça-feira (14). O mês registrou o primeiro número positivo desde fevereiro, mas veio abaixo das expectativas de mercado, que esperava uma alta de 4,5%.

A alta de maio veio após uma queda de 9,4% (número ajustado) no mês de abril, a maior da série histórica iniciada em 2003. O mês é apontado por especialistas como o pior da crise.

As estatísticas de alguns setores da economia apontavam para uma melhora em maio depois de quedas históricas no mês anterior. O comércio varejista registrou recuperação de 13,9%, a indústria avançou 7% em maio. No entanto, o setor de serviços, mais afetado pela crise, teve a quarta queda seguida.

Apesar da alta em maio em comparação com abril, a queda foi de 14,2% em relação a maio do ano passado.

Possíveis revisões

O chefe de renda variável da Vero Investimentos, Fabio Galdino, avalia que o mercado estava otimista demais e que o resultado pode trazer uma onda de revisões de expectativas para os próximos meses.

“Acreditar que a gente tinha 4,5% de projeção talvez tenha sido muito otimismo. Acredito que isso já vem demonstrando um pouco o efeito da pandemia e talvez uma sinalização para o mercado de que uma coisa é a gente ter um otimismo exagerado baseado no fluxo global e a liquidez, e outra coisa é o que realmente está acontecendo na economia. A gente tem um descompasso.”

No entanto, Galdino avalia que o número era esperado, dada a realidade da crise.

“É um número mais desafiador, mas não é um número desesperador. É uma questão de o mercado começar a ajustar as expectativas.”

O índice do mês veio em linha com as expectativas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). A economista e pesquisadora da FGV, Luana Miranda, afirmou que, apesar de a instituição esperar uma alta de 1,9% em relação a abril, o número veio dentro das expectativas porque houve um ajuste na estatística divulgada anteriormente.

Em relação ao mesmo mês de 2019, a FGV projetava uma queda de 14,1%. Na análise de Miranda, a projeção mais otimista do mercado pode ter acontecido por causa dos números do varejo, que vieram bem acima do esperado.

“Pode ser que esses resultados melhores do consumo de bens façam com que as pessoas revisem demais os resultado, mas é importante notar que o consumo de serviços ainda está muito deprimido.”

Expectativa quanto a junho

Para junho, o Ibre espera números bem melhores, com uma queda de 5,4% na comparação com o mesmo período de 2019 e uma melhora de 6,9% em relação a maio.

“De modo geral a gente tem visto essa melhora. Lojas, eletrodomésticos, lojas de departamentos melhorando o faturamento nominal, já em patamares positivos. Isso mostra um aquecimento da demanda em junho, especialmente no setor de bens, mas os serviços ainda mostram uma situação muito complicada.”

A alta de maio foi registrada após março e abril terem resultados negativos de 6,1% e 9,4%, respectivamente. Com isso, o indicador ainda registra uma queda de 6% na atividade econômica do ano até agora.

O economista para a América Latina do banco Goldman Sachs, Alberto Ramos, analisa que a recuperação mais lenta no setor de serviços reflete a natureza do choque da pandemia, com o distanciamento social afetando mais esse setor do que processos industriais, por exemplo.

“Nós esperamos que a atividade tenha uma recuperação gradual nos próximos meses apoiada por uma flexibilização gradual e seletiva dos protocolos de distanciamento social e quarentenas.”

Observando o mercado financeiro, o atual cenário do Ibovespa (índice de referência da Bolsa de São Paulo) mostra que a recuperação também é observada no mercado de capitais. Após ter atingido os 63 mil pontos em março, o Ibovespa voltou ao patamar dos 100 mil pontos na última semana.

O IBC-Br é uma prévia aproximada do Produto Interno Bruto (PIB) calculada pela autoridade monetária e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, que hoje está em 2,25%.

O índice incorpora informações sobre o nível de atividade em indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

Já o PIB, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é mais abrangente e também se baseia, por exemplo, em índices de orçamentos familiares e inflação. É a soma de tudo que foi produzido no País.

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https://www.osul.com.br/previa-do-crescimento-do-pib-do-brasil-registra-alta-de-13-em-maio-e-indica-que-fundo-do-poco-ficou-para-tras/ A prévia do crescimento do PIB do Brasil registra alta de 1,3% em maio e indica que o fundo do poço ficou para trás 2020-07-14
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