Domingo, 15 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2021
O carnaval costuma ser o período em que hotéis e aluguéis de casas e apartamentos, no litoral, têm a maior procura e acabam ficando lotados. Com a pandemia, o movimento não chegou perto das outras temporadas, mas houve uma melhora em relação ao Ano Novo. Com a vacinação iniciada em todo o Rio Grande do Sul e os decretos mais flexíveis, a Rede de Hotéis no Litoral Norte teve um avanço em relação ao período do Ano Novo.
“As pessoas se sentiram um pouquinho mais confortável para sair e passar esses quatro dias nas praias. Tivemos um tempo bom e as pessoas puderam passear durante os quatro dias de carnaval no litoral norte”, explicou a presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes e Similares do Litoral Norte, Ivone Ferraz.
Os quatro dias tiveram lotação de cerca de 80% da capacidade permitida nos 22 mil leitos disponíveis no litoral norte. Em relação ao mesmo período de 2020, houve uma queda de 50%nas buscas. “Outro diferencial foi essa dificuldade da gente fechar os quatro dias. Nós fechamos dois dias, uns vieram sexta e voltaram no sábado, outros vieram no sábado e retornaram no domingo. Então nós tivemos em torno de 30% que permaneceram nos quatro dias de carnaval”, comentou Ivone.
A procura por menos de cinco dias de hospedagem também foi levantada pelo presidente da Associação dos Corretores de Imóveis de Capão da Canoa. Por conta disso, a busca por aluguéis foi menor no carnaval se comparado ao Ano Novo. “Quando se aluga um apartamento ou uma casa, tu acaba alugando por pelo menos uma semana ou 15 dias. Teve uma baixa de 50% a 60% em relação ao ano passado. Realmente não é um momento para festa mesmo”, destacou o presidente da Acica, Fabrício Schacker.
Conforme as entidades representantes, todo o prejuízo deste verão será difícil de ser recuperado. A Rede de Hotelaria terá de renascer a partir de 2021. “A gente está como se estivesse montando um negócio, nós estamos recomeçando. Até o nosso público adquirir confiança de viajar novamente, até o nosso turismo se restabelecer e até todo mundo se vacinar vai levar mais de um ano”, afirmou Ivone.