Quinta-feira, 12 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 24 de fevereiro de 2016
Carrocinha de sorvete que vai até o quarto; jantar exclusivo sobre a Ponte Vecchio, em Florença, na Itália; aulas de esqui com atletas olímpicos em Courchevel, nos Alpes franceses. Não é sonho, mas uma provinha do que o seleto circuito de hotéis de alto luxo oferece pelo mundo. E, sim, em meio à crise econômica, o Brasil está entrando no roteiro desses sofisticados viajantes, com a chegada de selos de hotelaria “seis estrelas”, como Four Seasons, Rosewood e Oetker Collection.
“A maior parte dos projetos foi anunciada três anos atrás. A crise oferece a vantagem cambial e ativos com preços mais atraentes. É a hora certa para investir, mas não para inaugurar”, avalia Michael Schnürle, diretor da consultoria Horwath HTL no Brasil.
Luxo, discrição, personalização. E muito dinheiro envolvido. “Nessa categoria de alto luxo, hotéis feitos do zero custam de 700 mil reais a 900 mil reais por apartamento, sem contar o valor do terreno que, tipicamente, representa perto de 15% do total do investimento”, diz Schnürle.
Longo prazo.
A americana Rosewood Hotels & Resort abre em São Paulo, em 2019, seu primeiro hotel na América do Sul. Vai revitalizar a Cidade Matarazzo, conjunto de prédios históricos do início do século 20. Serão 151 quartos, 122 suítes com proprietários, dois restaurantes, estúdio de música e mordomias.
A europeia Oetker Collection, que descreve seus hotéis como “obra de arte”, prepara o Palácio Tangará, em São Paulo, para abertura em 2017. Ao todo, terá 141 quartos, sendo 59 suítes.
A Four Seasons está entrando no mercado brasileiro por São Paulo, ano que vem, e vai abrir duas unidades no País. A segunda ficará na Reserva do Paiva (PE), em 2019.
O Four Seasons São Paulo terá 254 quartos e 84 unidades residenciais. Cada uma custará a partir de 750 mil reais. O hotel terá serviços como o menu que chega ao quarto do hóspede em 15 minutos e experiências exclusivas.
Na América do Sul, a Four Seasons já conta com unidades em Buenos Aires e Bogotá. E planeja chegar a Rio, Lima e Santiago.
Silvio de Araujo, diretor de marketing do Grand Hyatt Rio de Janeiro, que abre em março, cita o upgrade na hotelaria: “A chegada de marcas fortes da hotelaria de luxo faz com que o Brasil se aproxime de destinos com os quais concorre, mas que estavam um passo à frente, como Cancún”.
Suíte na cobertura com piscina de borda infinita, vista para o mar, cozinha gourmet, elevador exclusivo para garantir privacidade são algumas das delícias do Grand Hyatt Rio, com diária que custará em torno de 1,1 mil reais.
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