Segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2020
O ministério não pretende vacinar toda a população em 2021, e não há previsão de quando isso vá ocorrer.
Foto: Reprodução/NIAIDO Plano de Imunização divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (1º) , em fase de finalização , prevê que a vacinação contra a covid-19 ocorrerá em quatro etapas, envolvendo um contingente de 109,5 milhões de brasileiros imunizados em duas doses.
Segundo o ministério, ao ser aprovado um imunizante, o destino das primeiras doses serão para os grupos de maior risco: profissionais de saúde; idosos com mais 75 anos; cidadãos com 60 anos ou mais que moram em asilos e instituições psiquiátricas, e a população indígena.
A seguir vão ser vacinados os brasileiros na faixa entre 60 e 74 anos; logo depois as pessoas que têm comorbidades como doenças renais e cardiovasculares.
Já na quarta e última fase, conforme o esboço do plano até o momento, serão incluídos os professores, profissionais de segurança e presidiários.
A previsão do Ministério da Saúde é que, ao fim das quatro fases, cerca de 110 milhões de brasileiros tenham recebido duas doses de vacina.
Em novembro passado a pasta ofereceu treinamentos para as secretarias municipais e estaduais de Saúde para agilizar o processo de vacinação quando ele estiver pronto para acontecer, com informações sobre técnicas de manuseio e de armazenamento dos imunizantes.
O Brasil possui atualmente 38 mil salas de vacinação que deverão ser utilizadas para a imunização contra a covid-19.
Segundo o planejamento do ministério, a vacinação deve iniciar em março de 2021 e terminar no final do ano, em dezembro, data em que é considerado possível contar com oferta suficiente para completar a população-alvo. O ministério não pretende vacinar toda a população em 2021, e não há previsão de quando isso vá ocorrer.
Vacinas
O ministério apresentou um plano global que considera as particularidades de vacinas em fase 3 de desenvolvimento, como a vacina de Oxford desenvolvida em parceria com a AstraZeneca, e as que integram o consórcio Covax Facility. A CoronaVac, desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, também estaria contemplada.
A pasta também informou que realiza o” processo de compra de 300 milhões de seringas e agulhas no mercado nacional para aplicação das doses, e outras 40 milhões no mercado internacional”, ao citar os demais processos logísticos envolvidos.
O Brasil já firmou acordo para compra de 100,4 milhões de doses com o consórcio Oxford/Astrazeneca e 42,5 milhões no âmbito do grupo Covax Facility, que reúne governos e empresas de diversos países.
De acordo com o ministério, o planejamento apresentado pode sofrer alterações no decorrer dos debates sobre o esforço de imunização contra a covid-19. Os representantes da pasta informaram durante a reunião que estão negociando a aquisição de mais seringas e agulhas. O órgão está providenciando a aquisição de 300 milhões de seringas no mercado nacional e 40 milhões no internacional.
O Ministério da Saúde manteve reunião nas últimas semanas com outros grupos desenvolvendo vacinas, como Pfizer e Biontech (EUA e Alemanha), Instituto Gamaleya (Rússia), Baharat Biontech (covaxin).
Governo estaduais firmaram parcerias próprias, como o de São Paulo com Sinovac para a CoronaVac e os governos do Paraná e da Bahia com o Instituto Gamaleya para a Sputinik V, mas não houve anúncio de planos específicos. Nenhuma destas vacinas obteve ainda a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).