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Mundo Imprensa e entidades reagiram à decisão de Donald Trump de banir da Casa Branca um repórter da CNN

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Estagiária da Casa Branca tenta tirar microfone das mãos do correspondente da CNN Jim Acosta durante coletiva de Trump na quarta-feira. (Foto: Reprodução)

O anúncio da Casa Branca, na noite de quarta-feira, de que estava “cassando” a credencial de acesso à Casa Branca do repórter da CNN Jim Acosta provocou nova onda de críticas ao presidente Donald Trump. Com o argumento para o descredenciamento do jornalista, o governo alegou que ele havia “colocado as mãos” numa estagiária da Casa Branca – quando Acosta fazia perguntas incômodas a Trump, que reagiu fazendo acusações ao jornalista, a funcionária tentou retirar-lhe o microfone. As informações são do jornal O Globo.

Entidades da imprensa, de defesa de liberdades civis, empresas jornalísticas e repórteres se uniram em repúdio à atitude da Casa Branca. A avalanche de críticas só fez crescer ao longo desta quinta-feira, sobretudo depois que começaram a pipocar denúncias de que um vídeo da cena divulgado pela Casa Branca para reiterar seu argumento de que Acosta tocara a estagiária do governo havia sido manipulado. As imagens tiveram a velocidade dos frames acelerada de modo a fazer parecer agressivo o gesto do jornalista, que, no registro original, apenas moveu o braço após a tentativa de ter o microfone retirado de suas mãos.

Segundo o “Washington Post”, o registro compartilhado pela Casa Branca foi publicado primeiramente por Paul Joseph Watson, conhecido por publicar textos xenófobos e vídeos de teoria da conspiração no Infowars, site de extrema direita. Watson, por sua vez, alegou que não mudou a velocidade da cena, mas disse ao “BuzzFeed” que criou o material convertendo um gif (imagem animada) do site de notícias conservador “Daily Wire”, – conversão que, como admitiu, pode ter feito a cena “parecer um pouquinho diferente”.

A secretária de imprensa de Trump, Sarah Sanders, compartilhou o vídeo de Watson no Twitter junto do texto: “A Casa Branca não tolerará o comportamento inadequado claramente documentado neste vídeo”. Seu post passa de 27 mil compartilhamentos e de 7,7 milhões de visualizações. Já o repórter banido respondeu, também no Twitter: “Isso é uma mentira”.

Na cena, Acosta ainda disse “Pardon me, ma’am” (uma expressão polida para se pedir licença) – frase que não consta no vídeo (sem áudio) postado por Watson e compartilhado pela Casa Branca.

Manipulação

Ainda segundo o “Washington Post”, quando o original foi exibido ao lado da versão que teria sido manipulada, especialistas como Jonathan Albright, diretor de pesquisa do Centro Tow de Jornalismo Digital da Universidade de Columbia, confirmaram a acusação de alteração da cena. Segundo Albright, partes cruciais do vídeo parecem ter sido modificadas de modo a distorcer a ação em curso.

O fato de a Casa Branca postar um vídeo sem checar sua autenticidade engrossou as críticas à postura do governo quanto à imprensa americana, constantemente chamada por Trump de “inimiga do povo”. Matt Dornic, executivo da CNN, escreveu que o compartilhamento do vídeo por Sarah Sanders é “absolutamente vergonhoso”: “Você publicou um vídeo manipulado – uma fake news de verdade. A história não será gentil com você.”

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