Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2020
Desde que adotou o confinamento estrito, a Índia proíbe os voos internacionais
Foto: ReproduçãoO governo da Índia prepara uma grande operação para repatriar seus cidadãos bloqueados no exterior pela pandemia de coronavírus, usando navios militares e voos especiais. Desde que adotou o confinamento estrito, a Índia proíbe os voos internacionais, o que deixou bloqueados no exterior um grande número de trabalhadores e estudantes.
Um navio militar partiu com destino aos Emirados Árabes Unidos, que tem uma comunidade indiana de 3,3 milhões de pessoas, quase um terço da população deste país do Golfo. A Índia também enviou dois navios às Maldivas, informou um porta-voz do exército.
De acordo com um comunicado das autoridades, a operação de retirada começará nesta quinta-feira (07) e terá como base listas de “cidadãos sob risco” elaboradas pelas embaixadas indianas. O governo do primeiro-ministro Narendra Modi não informou quantas pessoas pretende repatriar.
O consulado indiano em Dubai recebeu mais de 200.000 demandas de repatriação e pediu “paciência e cooperação” no Twitter aos indianos que vivem no país. Os ricos países petroleiros do Golfo dependem em grande medida da mão de obra estrangeira barata, geralmente procedente do subcontinente indiano.
Mas o coronavírus e seu impacto econômico deixaram muitos trabalhadores doentes ou desempregados. O governo dos Emirados Árabes Unidos pede com insistência aos governos dos países asiáticos que repatriem seus trabalhadores. Quase 23.000 saíram do país no dia 20 de abril.
Mas até agora a Índia havia se recusado a colaborar devido à complexidade da repatriação e a exigência de quarentena de milhares de pessoas. Antes de proibir os voos internacionais e domésticos, a Índia repatriou 2.500 cidadãos da China, Japão, Irã e Itália.