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Cinema Ingrid Guimarães volta em “De Pernas Pro Ar 3” para falar sobre a coragem de continuar casada

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Cenas do filme 'De Pernas Para o Ar 3'. (Foto: Divulgação)

Já há mais de oito anos desde que Alice Segretto (Ingrid Guimarães, 46 anos) estreou nas telas para apresentar sua empresa de produtos eróticos femininos, a Sexy Delícia. Agora, viajando o mundo a trabalho e com os filhos crescendo, a mãe workaholic precisa lidar com uma nova oponente.

Essa é a premissa de “De Pernas Para o Ar 3”, que estreia nesta quinta-feira (11) com a pretensão de ser tão grande quanto o último da franquia, que chegou a ser líder de bilheteria em suas semanas de exibição, entre 2012 e 2013.

“De 2012 para cá, Ingrid e eu ficamos pressionadas para fazer o terceiro filme”, conta a produtora Mariza Leão, a mesma de “Meu Passado Me Condena” e “Meu Nome Não é Johnny”.

“Só valeria a pena fazer se a gente tivesse encontrado de fato uma continuação para esses personagens. E nesse período, percebemos muitas coisas no mundo: o feminismo cresceu e o mundo virtual se transformou em um elemento cada vez mais indissociável de cada um de nós.”

Na trama, Alice decide entregar os negócios para a sua mãe (Denise Weinberg) e voltar sua atenção à família, mas se sente ameaçada por Leona (Samya Pascotto), que não só traz novidades tecnológicas para o mercado erótico como rouba o coração de seu filho, Paulinho (Eduardo Mello).

Leona é justamente um dos principais destaques do novo filme. Com suas camisetas de mensagens feministas e um discurso em prol das mulheres, ela põe em evidência o poder que todas têm de alcançar sucesso na carreira, mesmo que ainda muito nova.

Com isso, o filme aborda além de assuntos como a resistência à tecnologia, que muitos adultos ainda demonstram, tratando também da competição entre mulheres e a questão da idade para cada uma delas.

“Quando nós mulheres nos olhamos nos olhos, vemos que é mais interessante a gente se unir. Porque o mundo já está todo construído para a gente disputar uma com a outra”, diz Samya. Ingrid concorda: “Sou de uma família de mulheres e acho que as mulheres juntas têm uma força que nem imaginam.”

A atriz que interpreta a protagonista diz que o sexo mudou desde o lançamento do primeiro filme, e que “hoje todo mundo usa vibrador; eles já não são mais uma novidade”. O novo filme, segundo ela, buscar trazer questões da juventude, especialmente relacionadas ao sexo.

“Falamos da mulher nos dias de hoje, da competição que não deve existir entre as mais velhas e mais jovens, sobre como sobreviver a um relacionamento, a coragem de continuar casado e sobre como é difícil, para a gente que é mãe, saber que o filho já transa”, brinca.

A mensagem de força das mulheres é a mesma por trás das câmeras: Ingrid agora assina o roteiro, junto a Rene Belmont e Marcelo Saback, e pela primeira vez, uma mulher assume a direção do filme na franquia. Júlia Rezende assume o antigo lugar de Roberto Santucci, e chegou a dirigir o filme com um filho no colo.

“Essa temática da mulher que está tentando equilibrar os pratinhos, dar conta da família, do trabalho e do marido, me toca”, diz Rezende, que também já dirigiu episódios da série brasileira da Netflix “Coisa Mais Linda”.

Ela explica que o foco central do filme está no casamento de Alice e João (Bruno Garcia), especialmente neste momento em que “as coisas estão muito descartáveis”.

“É sobre como é ficar em um casamento longo, enfrentando as crises: é um ato de coragem ou de covardia? Sendo pessoas tão diferentes, cada um com suas insatisfações, por que eles não se separam? Ficar e lutar por alguma coisa que é importante para você, ou é só um comodismo? As relações são isso: você tem que estar o tempo inteiro chegando a um consenso. Um cede aqui, outro cede ali.”

Bruno Garcia, o marido na trama, completa: “É um filme para repensar a família e colocar no coração das pessoas essa maravilha que é a escuta. Você aprender com o outro, recuar, saber mudar de opinião, errar e tentar mudar para não errar novamente”.

As gravações do terceiro filme tiveram outros destaques como os cenários de Paris e até uma participação especial do galã Cauã Reymond – uma ideia da própria Ingrid Guimarães.

“Queria um ator que estivesse no inconsciente coletivo das mulheres”, conta a atriz. “Tinha que ser um símbolo do homem bonito e sexy. Ele é o que a gente pode escolher querer.”

Gravar em Paris também teve como consequência uma série de imprevistos – desde os altos custos de copyright dos cenários da cidade, até manifestações de rua e as luzes, que nem sempre acendem na hora marcada. Também foi preciso usar bonecas eróticas encontradas em Paris, uma vez que elas não são vendidas no Brasil.

A produção nos mínimos detalhes (com trilha sonora em três línguas) é necessária, segundo Rezende, independente dos custos da produção. “Fazer cinema popular não significa fazer cinema simplório na imagem e realização. Pelo contrário, o público quer sentar na sala de cinema para ver um espetáculo”, garante a diretora. “Vamos filmar Paris para que as pessoas saiam do filme e queiram comprar uma passagem para lá.”

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https://www.osul.com.br/ingrid-guimaraes-volta-em-de-pernas-pro-ar-3-para-falar-sobre-a-coragem-de-continuar-casada/ Ingrid Guimarães volta em “De Pernas Pro Ar 3” para falar sobre a coragem de continuar casada 2019-04-10
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