Segunda-feira, 20 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de agosto de 2025
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro consideraram a decretação de prisão domiciliar pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, uma “vingança política”. Em postagem também no X, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido do ex-presidente na Câmara dos Deputados, afirmou: “Isso não é justiça, é vingança política”.
“Ditadura declarada: Bolsonaro preso em casa por ordem de Moraes. O que mais falta acontecer? Tentaram matá-lo. Perseguiram sua família. Proibiram-no de falar. Agora o trancam dentro da própria casa, como um criminoso”, escreveu.
O deputado Nikolas Ferreira criticou a decisão em publicação na rede social X. Ferreira questionou a decretação da prisão domiciliar e afirmou: “Motivo: Corrupção? Rachadinha? Desvio de bilhões? Roubou o INSS? Não. Seus filhos postaram conteúdo dele nas redes sociais. Que várzea!!.”
No Senado, Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou que o Brasil vive um estado de exceção e pediu apoio para o impeachment de Moraes. “A luta agora é pelas cinco assinaturas que faltam para o pedido de impeachment protocolado no final do ano passado. Nunca estivemos tão próximos”, disse Portinho.
Já a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) disse não estar surpresa e pediu resiliência a Bolsonaro: “Já esperávamos que ele fizesse isso. Mas, Bolsonaro, fica firme. Aguenta mais um pouco. O Brasil está acordando, o mundo está acordando”.
Outros parlamentares, como o senador Esperidião Amin (PP-SC), também questionaram a imparcialidade do ministro e a legalidade da decisão. “Essa prisão a prestações que ele está aplicando no Bolsonaro, e que não surpreende ninguém, está aviltando a figura do juiz e do Judiciário brasileiro”, disse Amin.
O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, disse estar “inconformado” com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Moraes, Bolsonaro violou as medidas cautelares impostas a ele ao participar por vídeo-chamada das manifestações de apoiadores neste domingo. Gravado, o material circulou pelas redes sociais.
“Estou inconformado!!!!! O que mais posso dizer?”, diz Valdemar na publicação feita nessa segunda-feira.
No domingo, Bolsonaro participou por telefone de manifestações de apoiadores em sete cidades: Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Belém e Brasília. Moraes, no entanto, na decisão dessa segunda-feira, debruçou-se sobre os casos do Rio e de São Paulo, onde os atos caracterizaram descumprimento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro.
“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro, pois o réu produziu material para publicação nas redes sociais de seus três filhos e de todos os seus seguidores e apoiadores políticos, com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal”, escreveu o ministro.