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Por Redação O Sul | 24 de fevereiro de 2016
O Ministério das Relações Exteriores da Itália convocou, nessa terça-feira, o embaixador dos EUA no país, John Phillips, após a mídia ter relatado que o serviço de inteligência americana grampeou ligações telefônicas do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi com seus assessores em 2011. Uma reportagem do jornal italiano La Repubblica afirma que a Agência Nacional de Segurança dos EUA manteve Berlusconi em sua mira durante a crise econômica na zona do euro, entre 2008 e 2011 – uma informação revelada pelo site Wikileaks. A expectativa é que Phillips fosse ao encontro do ministro das Relações Exteriores italiano, Paolo Gentiloni, na tarde dessa terça-feira.
Embora a influência de Berlusconi tenha sido reduzida após ter deixado o governo, o bilionário ainda é uma figura proeminente na política nacional. Ele é o líder do partido Forza Italia, o segundo maior na fragmentada bancada de direita italiana.
Aliados de Berlusconi afirmam que houve uma “conspiração” para tirar o ex-primeiro-ministro do poder – que renunciou ao cargo em novembro de 2011– ele ocupou o cargo por 17 anos em três ocasiões – e foi substituído pelo ex-comissário europeu Mario Monti. Eles pressionam o atual premier italiano, Matteo Renzi, a agir frente às recentes alegações de espionagem pelos EUA.