Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2021
O dentista italiano Guido Russo, de 57 anos, está sendo acusado de tentar fraudar sua vacinação contra a covid-19 ao se apresentar com um braço falso, feito de silicone, para receber o medicamento. O episódio, que aconteceu na última quinta-feira, se deu uma semana após o governo italiano estabelecer a necessidade de um passaporte vacinal para participar de atividades sociais, culturais e esportivas.
Russo compareceu a um posto de vacinação na cidade de Biella, nas proximidades de Turim, no norte de Piemonte. No momento de dar injeção no dentista, a enfermeira Filippa Bulba estranhou a ausência de veias e a diferença de cor entre o braço e o restante do corpo:
“Me senti ofendida como profissional. A cor do braço me deixou suspeita e, então, pedi para ele mostrar todo o restante do braço. Era bem feito, mas havia a diferença da cor”, disse Bulba ao jornal italiano “La Repubblica”.
A enfermeira percebeu que havia algo errado e pediu para que ele mostrasse o braço inteiro. Ela deu sinais de que havia entendido o que estava acontecendo. O homem, então, pediu para que ela fingisse que não tinha visto. A profissional de saúde procurou, então, a polícia para flagrar o homem por tentativa de fraude.
De acordo com o jornal, Guido Russo seria um “antivax”, que teria pendurado em seu consultório um aviso dizendo não ser obrigatório a apresentação do comprovante de vacinação.
“A presteza e a habilidade da profissional de saúde acabou com os planos dessa pessoa, que agora terá de responder ao judiciário”, disse Alberto Cirio, presidente de Piemonte, onde fica Biella, sobre o ocorrido.
Passe verde
O número de pessoas buscando tomar a primeira dose da vacina aumentou na Itália, após o país estabelecer um “passe verde”, que começa a valer a partir do dia 6 de dezembro, para que apenas pessoas vacinadas possam participar de determinadas atividades, como ir aos cinemas, estádios de futebol e casas noturnas.
Antes, bastava um teste negativo para entrar nesses ambientes.
A imunização também ficará obrigatória para servidores da segurança pública, militares e funcionários de escolas.
Segundo a plataforma Our World in Data, 73% de toda a população tomaram pelo menos duas doses da vacina, e 78% receberam ao menos uma dose. As informações são da revista Época e do portal de notícias G1.