Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de setembro de 2020
Cristiano Zanin classificou a decisão como "mirabolante"
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilO juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, determinou o bloqueio de R$ 237,3 milhões do criminalista Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente Lula (PT) na Operação Lava-Jato.
A decisão foi tomada no dia 1º deste mês e tornada pública neste fim de semana, quando o magistrado levantou o sigilo dos autos do documento. Bretas também bloqueou R$ 32,1 milhões do sócio de Zanin, Roberto Teixeira, e outros R$ 237 mil do escritório de advocacia dos criminalistas.
A medida foi tomada no âmbito da Operação E$quema S, que apura tráfico de influência e desvios milionários das seções fluminenses do Serviço Social do Comércio (Sesc-RJ), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-RJ) e Federação do Comércio (Fecomércio-RJ). Advogados renomados no meio político são investigados no caso e tiveram endereços profissionais e residenciais vasculhados.
Segundo Bretas, o escritório de Zanin e Teixeira teria sido “o precursor no recebimento de honorários advocatícios exorbitantes pagos pela Fecomércio-RJ em prol de interesses particulares de Orlando Diniz”, ex-presidente da federação e hoje delator.
Em nota, Zanin afirmou que a “mirabolante decisão foi proferida em mais uma clara tentativa de macular minha história de mais de 20 anos na advocacia privada em litígios decisivos”.
Ele também afirmou que o bloqueio é “uma clara tentativa de me enfraquecer em processos decisivos que estão sob a minha condução e que contestam a legalidade da própria Operação Lava-Jato, em especial, aquele que trata da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro”.