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Política Julgamento de Sergio Moro racha partidos e tem potencial para influir nas próximas eleições

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Se Moro perder o mandato por abuso de poder econômico, haverá eleição suplementar.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Parlamentar responde por abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O julgamento do pedido de cassação de Sergio Moro (União Brasil-PR) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná vai decidir não apenas o futuro político do senador como tem potencial para promover um rearranjo das forças partidárias nas próximas disputas, incluindo a da prefeitura de Curitiba, em outubro. Se Moro perder o mandato por abuso de poder econômico na pré-campanha de 2022, como querem aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu antecessor, Jair Bolsonaro, haverá eleição suplementar.

Antes mesmo do resultado do julgamento, porém, já se observa um racha no PT e nos partidos do Centrão para definir os pré-candidatos à possível vaga de Moro no Senado. Nos bastidores, a expectativa no Palácio do Planalto, no Congresso e no meio jurídico é a de que o ex-juiz da Lava Jato seja defenestrado e fique inelegível até 2030.

O caso de Moro é comparado ao da ex-senadora e ex-juíza Selma Arruda. Em 2019, ela teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acusada de captação ilícita de recursos para a campanha. Selma era filiada ao Podemos, como foi o ex-juiz, e à época ficou conhecida como “Moro de saias”.

O PT tem como pré-candidatos à cadeira de Moro a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e seu colega Zeca Dirceu. A queda de braço entre os dois também atinge a eleição para a Prefeitura de Curitiba. Gleisi defende o apoio do partido a Luciano Ducci (PSB) e Zeca quer chapa própria, de preferência com ele na cabeça, para a sucessão do prefeito Rafael Greca (PSD).

“Será que o presidente Lula sabe que o Ducci tem votado contra o governo na Câmara?”, provoca ele. Ducci é do partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, nega que faça oposição a Lula e acena com aval a Gleisi para a possível disputa ao Senado.

A disputa já causou baixa no PT. Na última semana, o ex-governador Roberto Requião deixou a legenda. O deputado estadual Requião Filho deve fazer o mesmo e quer se filiar ao PDT, mas estuda como deixar o barco petista sem perder o mandato. A ideia do clã é lançar o nome de um dos dois para disputar a cadeira de Moro.

Diante de um cenário com tantas incertezas pela frente, todos os partidos se armam para os próximos embates. A deputada Rosângela Moro (União Brasil), por exemplo, chamou a atenção ao transferir o domicílio eleitoral de São Paulo para o Paraná. O gesto dela foi interpretado por adversários como uma manobra para concorrer à vaga do marido pelo Paraná, caso ele perca o mandato.

O PT entrou com ação para impugnar essa mudança. Além disso, Zeca Dirceu vai apresentar projeto de lei, batizado por ele de “PL da Conje” – numa referência irônica a um deslize verbal de Moro, que em 2019 usou o termo “conje” para se referir a “cônjuge”–, proibindo a alteração do domicílio eleitoral de parlamentares eleitos até o período da janela partidária, quando é permitida a troca.

Nesse jogo, o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira, líder do Centrão, também quer lançar o secretário da Indústria, Comércio e Serviços do Paraná, Ricardo Barros, se houver uma eleição extraordinária para o lugar de Moro. Ex-ministro da Saúde, Barros tem o aval do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD).

O grupo do governador, no entanto, está dividido e também é simpático à candidatura do ex-deputado Paulo Martins (PL), que perdeu a eleição para Moro em 2022. Martins é novamente a aposta do PL de Bolsonaro tanto para senador como para a Prefeitura de Curitiba. E há ainda o ex-governador do Paraná Roberto Requião, que deixou o PT na semana passada com críticas à condução do partido, pode se filiar ao PDT e também concorrer ao Senado.

O desembargador Sigurd Bengtsson, presidente do TRE do Paraná, reservou três sessões, até o próximo dia 8, para o julgamento do ex-juiz da Lava Jato, que foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro. O tribunal também tomou medidas preventivas para evitar apagões, requisitando mais geradores de energia elétrica. Se for condenado, Moro poderá recorrer da decisão ao TSE e ao próprio Supremo Tribunal Federal (STF).

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