Domingo, 20 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 19 de julho de 2025
O início do novo julgamento sobre a morte de Diego Maradona na Argentina segue sem data marcada, e algumas das partes duvidam que ocorra ainda este ano, após uma audiência preparatória entre o Ministério Público, os advogados e os novos juízes designados depois da anulação do primeiro processo.
Sete profissionais da saúde acusados de homicídio com dolo eventual pela morte de Maradona foram julgados por um tribunal entre março e maio, mas esse processo foi anulado após o escandaloso afastamento de uma das juízas, e agora o processo precisará recomeçar.
Algumas das partes consultadas pela AFP duvidam que o início do julgamento esteja próximo: “Embora todos estejamos de acordo em reiniciá-lo o quanto antes, pessoalmente vejo como muito difícil que comece antes do ano que vem”, disse à AFP Martín Montalto, advogado do coordenador de enfermagem Mariano Perroni, um dos réus no caso.
O advogado de acusação Mario Baudry, que representa a ex-companheira do ídolo, Verónica Ojeda, é mais otimista: “Acredito que, se depender do Tribunal, o julgamento será realizado muito rapidamente”, disse ele a jornalistas ao final da audiência.
O novo tribunal foi completamente formado nesta semana e convocou as partes para audiência na última sexta-feira (18), com o objetivo de determinar o alcance da nulidade do julgamento anterior e o pedido de um dos acusados para ser julgado por um júri popular.
Após reivindicações da defesa, o tribunal concedeu prazo até 5 de agosto para que as partes solicitem o afastamento de algum dos novos juízes, o que atrasará a continuidade dos preparativos.
“Há uma intenção (do tribunal) de acelerar, e o que pedimos é simplesmente que sejam respeitados os prazos estipulados por lei”, disse à AFP um dos advogados de defesa, Francisco Oneto, ao final da audiência.
“A intenção do tribunal é avançar e, às vezes, quero avançar rápido demais, mas não tenho problema em recuar e conceder os 10 dias (úteis)”, explicou o presidente do tribunal, Alberto Gaig, no encerramento da audiência.
Maradona faleceu em 25 de novembro de 2020 por causa de um edema pulmonar, enquanto estava sob internação domiciliar em recuperação de uma neurocirurgia.
Sete membros da equipe médica do astro do futebol enfrentam penas de 8 a 25 anos de prisão por homicídio com dolo eventual, o que implica que eles estavam conscientes de que suas ações poderiam causar a morte do paciente.
Estava previsto que uma oitava enfermeira fosse julgada por um júri popular, mas sua situação ficou suspensa até que se decida o alcance da nulidade do julgamento principal. (Com informações da AFP)