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Por Redação O Sul | 8 de maio de 2017
A prefeitura de Curitiba (PR) obteve uma liminar na Justiça que proíbe acampamentos em ruas e praças da cidade por conta do depoimento do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para as 14h desta quarta-feira no prédio da Justiça Federal. Lula será interrogado pela primeira vez pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável por processos da Operação Lava-Jato na primeira instância.
Por volta das 12h dessa segunda-feira, a A Defensoria Pública do Estado do Paraná confirmou que impetrou um habeas corpus coletivo com pedido de liminar contra a decisão que proíbe os acampamentos. A juíza Diele Zydek, da 5ª Vara da Fazenda Pública, afirmou que a proibição vale entre as 23h dessa segunda-feira e as 23h da quarta-feira. No caso de montagem de estruturas e de acampamentos nas ruas e praças da capital paranaense, haverá multa diária de 50 mil reais.
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná já havia determinado bloqueios em um raio de 150 metros da sede da Justiça Federal e separado os espaços para as manifestações favoráveis e contrárias a Lula. Na decisão, a juíza citou o “Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, demais movimentos e indivíduos que se encontrarem nos locais indicados”.
A juíza Diele Zydek, que vetou manifestações em Curitiba, é militante, nas redes sociais, contra o PT. No dia 4 de março de 2016, data da condução coercitiva do ex-presidente Lula, ela afirmou que “a casa caiu para Lula”. Dias depois, ela também se manifestou contra a nomeação de Lula para a Casa Civil, um ato legal da presidente deposta Dilma Rousseff, que foi derrubado por uma liminar do ministro Gilmar Mendes.