Sexta-feira, 06 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de setembro de 2017
João Cardoso era um bom velho, gostava de uma prosa e mui amigo de novidades. Naquele tempo não havia jornais, e o que se ouvia e se contava ia de boca em boca, de ouvido para ouvido. Cada andante que passava pela frente da casa, o velho João Cardoso chamava para tomar um amargo, falava, indagava, pedia as novas, dava as que sabia. O tempo ia passando e o andante queria ir embora. João Cardoso dizia para seu ajudante: “Espere, homem. Oh! Crioulo, olha esse mate!” Este dizia no pé do ouvido: “Senhor, não tem mais erva!” e o bom velho dizia “Traz dessa mesma”. Passavam as horas e o mate não vinha, mas o João Cardoso fica sabendo de todas as novidades. Os mates de João Cardoso criaram fama, quando alguém quer dizer que alguma coisa é demorada, se diz “está com o mate do João Cardoso”. Essa obra é do escritor pelotense João Simões Lopes Neto, escrita a mais de cem anos.
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