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Política Líde­res evangé­li­cos não seguem o pastor Silas Mala­faia em crí­tica pública ao Supremo

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Nos últi­mos anos, a rejei­ção a Mala­faia no seg­mento cres­ceu con­forme o pas­tor se apro­xi­mou do ex-pre­si­dente Jair Bol­so­naro.

Foto: Reprodução
Nos últi­mos anos, a rejei­ção a Mala­faia no seg­mento cres­ceu con­forme o pas­tor se apro­xi­mou do ex-pre­si­dente Jair Bol­so­naro. (Foto: Reprodução)

Alvo de busca e apre­en­são da Polí­cia Fede­ral (PF) nesta semana, o pas­tor Silas Mala­faia vinha dis­pa­rando men­sa­gens de What­sApp nos últi­mos dias com vídeos de polí­ti­cos em seu apoio, além de um abaixo-assi­nado de 26 lide­ran­ças evangé­li­cas que repu­diam a medida tomada pelo minis­tro Ale­xan­dre de Moraes, do Supremo Tri­bu­nal Fede­ral (STF).

Embora tenha ten­tado mobi­li­zar uma onda de soli­da­ri­e­dade ao seu redor, ausên­cias na lista falam muito sobre a falta de coe­são no seg­mento e a rejei­ção ao seu nome.

Fica­ram em silên­cio o bispo Edir Macedo, da igreja Uni­ver­sal do Reino de Deus; o mis­si­o­ná­rio R.R. Soa­res, da igreja Inter­na­ci­o­nal da Graça de Deus; e o após­tolo Val­de­miro San­ti­ago, da igreja Mun­dial do Poder de Deus. Desde os anos 80, o G-4 dos tele­van­ge­lis­tas neo­pen­te­cos­tais cos­tuma bri­gar por polí­tica ou por negó­cios —são déca­das de diver­gên­cias públi­cas sobre quais can­di­da­tos apoiar, além de con­cor­rên­cias mili­o­ná­rias entre si por espa­ços nas emis­so­ras de rádio e TV.

“Que Macedo, R.R. Soa­res e Val­de­miro não me apoi­a­riam, eu já sabia. Quando é que eles se posi­ci­o­na­ram por uma causa evangé­lica nos últi­mos tem­pos?”, reclama Mala­faia, enal­te­cendo outros apo­ios da velha guarda como o após­tolo Este­vam Her­nan­des, da Renas­cer, o bispo Rob­son Rodo­va­lho, da Sara Nossa Terra,e os irmãos Abner e Samuel Fer­reira, do Minis­té­rio Madu­reira da Assem­bleia de Deus.

Durante a semana, o minis­tro André Men­donça, do STF, ten­tou con­ven­cer Gil­mar Men­des que envol­ver Mala­faia em um inqu­é­rito pode­ria fazer o clima esquen­tar no país. “A ação pode colo­car a massa de evangé­li­cos numa posi­ção con­trá­ria à Corte”, disse Men­donça ao colega, como se os fiéis bra­si­lei­ros inte­gras­sem um bloco mono­lí­tico de pen­sa­mento.

Além da falta de mobi­li­za­ção de Macedo, R.R. Soa­res e Val­de­miro, outro fator torna impro­vá­vel a tese de André Men­donça. Mala­faia tam­bém foi igno­rado nos últi­mos dias pelos jovens influ­en­ci­a­do­res evangé­li­cos, que cada vez mais con­quis­tam os fiéis bra­si­lei­ros. É o caso de Deive Leo­nardo, de 35 anos e 16,7 milhões de segui­do­res no Ins­ta­gram, e Tiago Bru­net, de 44 anos e 7,4 milhões de segui­do­res.

Nos últi­mos anos, a rejei­ção a Mala­faia no seg­mento cres­ceu con­forme o pas­tor se apro­xi­mou do ex-pre­si­dente Jair Bol­so­naro. Os dois já se bica­ram inú­me­ras vezes em público, mas a cone­xão se con­so­li­dou depois de cum­prida a pro­messa da nome­a­ção “ter­ri­vel­mente evangé­lica” de André Men­donça para o Supremo. Naquela época, os inte­res­ses da igreja Uni­ver­sal de Macedo não foram aten­di­dos. Mar­cos Pereira, pre­si­dente do Repu­bli­ca­nos, tam­bém que­ria a vaga, mas foi rejei­tado pelo ex-pre­si­dente.

Além de mos­trar alguém con­for­tá­vel em cha­mar Edu­ardo Bol­so­naro de “babaca” para o pró­prio pai, os diá­lo­gos pelo What­sApp evi­den­ciam que a opi­nião do pas­tor está sendo muito levada em conta na crise do tari­faço. Eis um exem­plo de con­versa entre os dois:

“Ter­mi­nei uma carta agora. Estou digi­tando e te envio. Aguardo suas obser­va­ções”, escre­veu Bol­so­naro sobre um texto de sua auto­ria falando das medi­das toma­das pelo governo Donald Trump. “Ficou top! Só uma ques­tão para pen­sar: você não acha melhor gra­var um vídeo falando do que esta carta do seu jeito? O bra­si­leiro vê muito mais vídeo do que lê carta. Ques­tão cul­tu­ral”, ori­en­tou Mala­faia para um ex-pre­si­dente que só não foi em frente com a ideia por­que estava com uma crise de solu­ços.

“Ter­mi­nei uma carta agora. Estou digi­tando e te envio. Aguardo suas obser­va­ções”, escre­veu Bol­so­naro sobre um texto de sua auto­ria falando das medi­das toma­das pelo governo Donald Trump. “Ficou top! Só uma ques­tão para pen­sar: você não acha melhor gra­var um vídeo falando do que esta carta do seu jeito? O bra­si­leiro vê muito mais vídeo do que lê carta. Ques­tão cul­tu­ral”, ori­en­tou Mala­faia para um ex-pre­si­dente que só não foi em frente com a ideia por­que estava com uma crise de solu­ços.

Assim como no meio evangé­lico, a onda de soli­da­ri­e­dade na polí­tica tam­bém tem sido res­trita. Enquanto bol­so­na­ris­tas mais radi­cais como Niko­las Fer­reira (PL-MG) defen­dem Mala­faia, o Cen­trão ignora o pas­tor. Até por­que o odeia. Nos últi­mos meses, os vídeos de Mala­faia têm focado em ata­car sena­do­res como Davi Alco­lum­bre e Ciro Nogueira por não enca­mi­nha­rem o impe­ach­ment de Ale­xan­dre de Moraes.

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