Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de maio de 2024
Centro Histórico de Porto Alegre está alagado
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência BrasilA Capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, tem, nessa quarta-feira (22), 18.062 pessoas acolhidas em um dos 129 abrigos provisórios cadastrados, conforme levantamento da Sedes/RS (Secretaria de Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul). Desse total, 4,2 mil são crianças e adolescentes, e há mais 2,88 mil idosos.
Há uma semana, a inundação pelas águas do Guaíba tem diminuído lentamente na capital gaúcha. Nesta quarta-feira, as medições indicavam o nível em 3,92 metros na área próxima à Usina do Gasômetro. No entanto, a marca está cerca de 1 metro acima da cota de inundação no Centro Histórico da cidade, de 3m.
Nesta quarta-feira, nos trechos secos da cidade, uma força-tarefa do Departamento Municipal de Limpeza Urbana trabalha com maquinário, como retroescavadeiras, em 17 locais na limpeza.
Desde 10 de maio até à noite de terça-feira (20), foram retiradas 4,14 mil toneladas de resíduos das ruas, como restos de móveis, raspagem de lodo acumulado e varrição. Em áreas inundadas, a prefeitura ainda precisa aguardar que a água recue para dar início ao serviço de limpeza.
Em entrevista, o secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos de Porto Alegre, Cezar Schirmer, desfila os desafios enfrentados e as prioridades da prefeitura para atender a população, reativar a economia e devolver a normalidade à cidade.
Ao ser questionado se a enchente em Porto Alegre este ano tinha superado a marca histórica de 1941, Cezar Schirmer respondeu: ” Ninguém imaginou a intensidade dessa enxurrada, e a expectativa de que voltasse a acontecer não passava pela cabeça de ninguém. A dimensão do problema é muito maior do que qualquer um poderia imaginar. Digo que é a maior catástrofe climática da história do Brasil, não só do Rio Grande do Sul. E agora, cada dia com sua agonia”.