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Brasil Luiz Eduardo Ramos, ministro de Governo, passará para a reserva do Exército até a próxima quarta

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Presidente passou a articular direto com caciques, enquanto ministro agora cuida de pedidos do chamado ‘baixo clero’. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Luiz Eduardo Ramos, ministro de Governo, passará para a reserva do Exército até a próxima quarta-feira (15). Ramos pediu a transferência no dia 1º de julho.

Como de praxe, o ministro passou por uma bateria de exames e, agora, aguarda trâmites burocráticos do Exército.

O processo de passagem do general da ativa para a reserva deve terminar até o dia 15, prazo limite para a medida ser assinada pelo presidente e publicada no Diário Oficial.

Polêmicas

Recentemente, o ministro se envolveu em uma polêmica ao comentar a possibilidade de um golpe militar no País.

Em entrevista à revista “Veja”, afirmou que é “ultrajante e ofensivo” falar em “golpe” por parte das Forças Armadas, disse que o presidente Jair Bolsonaro “nunca pregou o golpe”, mas fez uma ressalva: “Não estica a corda”.

“Fui instrutor da academia por vários anos e vi várias turmas se formar lá, que me conhecem e eu os conheço até hoje. Esses ex-cadetes atualmente estão comandando unidades no Exército. Ou seja, eles têm tropas nas mãos. Para eles, é ultrajante e ofensivo dizer que as Forças Armadas, em particular o Exército, vão dar golpe, que as Forças Armadas vão quebrar o regime democrático. O próprio presidente nunca pregou o golpe. Agora, o outro lado tem de entender também o seguinte: não estica a corda”, declarou.

À época, as declarações do ministro provocaram reações negativas no meio político – parlamentares classificaram a fala de Ramos como “ameaça”.

Entre o final de maio e o início de junho, o presidente Jair Bolsonaro compareceu a manifestações pró-governo em Brasília, nas quais os manifestantes costumavam levar faixas pedindo uma intervenção militar, o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, e reivindicações antidemocráticas e inconstitucionais.

O ministro, que também esteve em manifestações antidemocráticas, afirmou que a participação dele pode gerar uma “leitura equivocada” de que compareceu “como Exército ou como general”. Ele disse ter sido criticado por isso.

Na reunião ministerial de 22 de abril, cujo conteúdo da gravação se tornou público após decisão do STF, Bolsonaro se referiu ao artigo 142 da Constituição para dizer que, com base nesse artigo, as Forças Armadas poderiam intervir para “restabelecer a ordem”. O ministro Luiz Fux, do STF, porém, já decidiu que as Forças Armadas não são “poder moderador” em eventual conflito entre poderes. A Ordem dos Advogados do Brasil e a Câmara dos Deputados também emitiram pareceres com entendimento semelhante, de que não cabe às Forças Armadas o papel de poder moderador.

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