Sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de março de 2016
Articulador informal do governo, o ex-presidente Lula conta com uma força-tarefa para evitar o impeachment de Dilma Rousseff e salvar o projeto do PT. Na Câmara e no Senado, parlamentares mais ligados ao ex-presidente se organizaram para agir em várias frentes. A atuação junto ao Palácio do Planalto é liderada pelos ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União) e agora também por Eugênio Aragão, novo ministro da Justiça. Os oito deputados titulares da comissão do impeachment se reúnem semanalmente e também já se encontraram com Aragão.
O grupo é, majoritariamente, de parlamentares de São Paulo, berço político do PT, e do Rio Grande do Sul, onde os petistas ainda possuem considerável capital político. Os deputados mais ligados a Lula – entre eles Paulo Teixeira (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ), um dos escalados para defender o governo e que foi alçado a titular na Câmara por articulação do ex-presidente – dividiram a bancada em três frentes de atuação: a jurídica, na qual trabalham Damous, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Teixeira, e José Mentor (PT-SP); a de orçamento, para destrinchar e tentar desmontar os pontos mais ligados à denúncia das “pedaladas fiscais”, sob a tutela de Pepe Vargas (RS) e Henrique Fontana (RS); e a frente política, que mede os votos dos parlamentares da base, na qual atuam Arlindo Chinaglia (SP), Marco Maia (RS), Paulo Pimenta (RS) e Carlos Zarattini (SP). (Leticia Fernandes e Cristiane Jungblut/AG)