Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 16 de abril de 2019
A obesidade está entre os maiores problemas de saúde pública do mundo. Apenas no Brasil, 50% da população é enquadrado na doença, sendo que, destes, 15% são crianças. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), além de prejudicar a qualidade de vida do indivíduo, ela pode desencadear outras enfermidades crônicas, entre estas a diabetes, problemas cardiovasculares e, até mesmo, câncer, quando não tratada corretamente.
Por se tratar de uma doença crônica e multifatorial, fatores genéticos, bem como metabólicos, sociais, psicológicos e ambientais têm grande influência na progressão e desenvolvimento em alguns pacientes. “O tipo de alimento ingerido e as atividades realizadas ao longo do dia influenciam nessa conta. Há uma relação direta entre alimentação saudável, atividade física e peso dentro da normalidade”, conforme explica a Dra. Ariane Macedo, cardio-oncologista.
Como todo tratamento, o processo depende da motivação do paciente e, também, do auxílio da família. “As famílias precisam se conscientizar porque elas possuem papel fundamental na formação dos hábitos alimentares. No Brasil, os maus hábitos contribuem para que os casos aumentem cada vez mais”, esclarece a doutora. A principal dica de Ariane é “descascar mais e desembalar menos”, ou seja, mais frutas, verduras e legumes e menos produtos industrializados.
E, para quem pensa que cuidar da alimentação está relacionado apenas à satisfação e aceitação do próprio corpo, está enganado: “Durante a infância, a doença está relacionada ao aumento do risco futuro de desenvolvimento de doenças cardíacas, como a hipertensão arterial, diabetes e alteração nos níveis de colesterol. Já na vida adulta, a obesidade é também fator de risco para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de intestino e próstata, nos homens, e de câncer de mama, ovário e endométrio, nas mulheres”, aponta a médica.
Agora, como mudar essa situação?
O primeiro passo está na mudança dos hábitos alimentares, mas a prática de atividades físicas regularmente auxilia no processo de emagrecimento e, também, a recuperar a qualidade de vida do indivíduo. A recomendação da cardio-oncologista é pelo menos 150 minutos semanais, “medida suficiente para reduzir o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e alguns cânceres”, como demonstra Ariane.
Falta de tempo não é desculpa, e muito menos de dinheiro. Não pode pagar a mensalidade de uma academia, ou não tem tempo durante a semana? Simples: troque o elevador pelas escadas e faça trajetos a pé.